A semana: aborto no Brasil e na Polônia, Woody Allen, febre amarela e Iza
Os acontecimentos, as pessoas e as iniciativas que tiveram destaque na última semana, impactando a vida e o olhar das mulheres.
Abortos legais no Brasil: nem 1% dos casos
São raros os abortos legais —menos de 1%— no Brasil. O dado é do relatório publicado, na quinta-feira (18), pela organização internacional não governamental Human Rights Watch, que analisa a situação dos direitos humanos ao redor do mundo. O órgão comparou números da Pesquisa Nacional de Aborto, de 2016, realizada pelo Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero) e pela Universidade de Brasília e dados sobre procedimentos médicos levantados pelo Ministério da Saúde em 2015, ano que serviu de referência também para o levantamento.
Por que Woody Allen nunca foi julgado por abuso sexual?
A acusação de Dylan Farrow, filha adotiva do diretor Woody Allen e da atriz Mia Farrow, de que o pai abusou sexualmente dela na infância, não é nova. O caso foi revelado nos anos 1990, mas Allen nunca foi a julgamento. Na quinta (18), Dylan deu detalhes da sua versão do caso, dizendo que o diretor a tocava constantemente. Allen sempre negou o abuso. Aqui, os motivos pelos quais o cineasta nunca foi julgado por essas acusações.
Tudo o que você precisa saber sobre a febre amarela
Depois de viver o pior surto de febre amarela silvestre registrado desde 1980, a população brasileira se vê diante de um novo aumento de casos da doença, especialmente na região Sudeste. De julho de 2017 até 14 de janeiro de 2018, o Ministério da Saúde confirmou 35 casos, com 20 mortes. A BBC compilou uma série de perguntas enviadas por leitores sobre a febre amarela. Encontre as respostas aqui.
Acusada de homicídio, Claudia é a 1ª brasileira extraditada
Quando um avião fretado pelos EUA e repleto de agentes da Interpol tocou o solo americano, por volta das 23h da última quarta (17), Claudia Cristina Sobral Hoerig, 53, tornou-se a primeira brasileira da história a ser extraditada para ser julgada no exterior. A aeronave, que partiu do Brasil sob forte esquema de segurança, levava a mulher de volta ao país ao qual ela se naturalizou e de onde, há dez anos, teria fugido, logo após assassinar o marido, Karl Hoerig, ex-piloto da Força Aérea Americana. A volta de Claudia é um marco para a história das relações internacionais brasileiras e abre a possibilidade de que mais brasileiros que tenham obtido cidadania de outras nações possam enfrentar processos semelhantes.
A autorização do uso do nome social na educação básica
Resolução do Ministério da Educação, homologada na quarta-feira (17), autoriza o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. A norma busca propagar o respeito e minimizar estatísticas de violência e abandono da escola, em função de bullying, assédio, constrangimento e preconceitos. O nome social é aquele pelo qual as travestis, mulheres trans ou homens trans optam por serem chamados, de acordo com sua identidade de gênero.
Polonesas a favor do aborto
Milhares de mulheres se reuniram, na quarta-feira (17), em aproximadamente 60 cidades da Polônia, para protestar contra projeto do governo que endurece a legislação sobre o aborto. A manifestação ocorreu após o Parlamento aprovar o projeto do partido conservador e nacionalista que governa o país, Lei e Justiça, que limita o aborto voluntário. A Polônia possui uma das legislações mais restritivas sobre o assunto na Europa. Desde 1993, a lei só permite a prática quando a saúde ou a vida da mãe estão em perigo, em casos de estupro ou incesto, ou se o feto sofre de má formação ou doenças irreversíveis.
Quem dá mais pelo metrô de São Paulo
O consórcio formado pelo grupo CCR e pela RuasInvest venceu o leilão da concessão das linhas 5 - Lilás e 17 - Ouro do metrô de São Paulo. A Via Mobilidade ofereceu R$ 553,8 milhões pela exploração dos serviços por 20 anos. O valor é quase três vezes maior do que os R$ 194,3 milhões de lance mínimo, representando um ágio de 185%. O outro grupo que disputava a concorrência, do qual participava a empresa sul-coreana Seul Metrô, apresentou uma proposta de R$ 388,5 milhões.
Iza: "A liberdade com o corpo agride, mas não deveria"
Em entrevista para o UOL Estilo, a cantora Iza, dona do hit "Pesadão", falou sobre quando se descobriu negra, o abandono do emprego em um escritório de publicidade para viver de música e sobre sua autoestima como mulher negra no Brasil. “Às vezes, quando posto foto de biquíni por exemplo, muitas mulheres me dizem que não preciso ‘disso’. Mas aí eu digo: ‘não preciso do quê? Não é uma questão de precisar: é uma questão de querer mostrar o meu corpo. É uma questão de eu me sentir bem comigo mesma.”
Quem vai cuidar do bebê é ele
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, e o marido, Clarke Gayford, anunciaram, na sexta-feira (19), que esperam o primeiro filho, para o próximo mês de junho. Ao anunciar, Jacinda disse que o companheiro é quem cuidará do bebê, enquanto ela estiver como primeira-ministra. Jacinda é uma das poucas governantes que engravidou durante o mandato, de acordo com a Radio New Zealand. Lembrando que a primeira nos tempos modernos foi a paquistanesa Benazir Bhutto.
Tristeza em Copacabana
Um carro invadiu o calçadão da avenida Atlântica, na altura da rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, por volta das 20h30, da quinta-feira (18). Um bebê de oito meses morreu e, pelo menos, outras 16 pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado greve. O carro --um Hyundai HB20 preto-- era dirigido por Antônio de Almeida Anaquim, 41. Ele afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio. O motorista teria perdido o controle do carro, cruzado o calçadão e a ciclovia, parando quando já estava na areia.
Em defesa de Lula
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, disse em entrevista ao UOL, na quinta-feira (18), que as absolvições de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) fazem crer que "é possível ter justiça" no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no mesmo tribunal. “Tivemos dois julgamentos que foram relevantes para o processo da Lava Jato, que foram duas absolvições do nosso tesoureiro, o João Vaccari. E exatamente em cima de que não se pode condenar só por delação, que é o que está acontecendo nesse processo do presidente Lula. É possível ter justiça pelo posicionamento que tivemos dessa turma em dois processos muito semelhantes ao do presidente.”
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