Criadora de lista com assediadores da mídia se revela por medo de exposição
Com a revelação de escândalos em Hollywood, outras áreas se mobilizaram para tornar públicos casos de assédio sexual contra mulheres. Em outubro, foi a vez da mídia. Uma lista do Google batizada de “Shitty Media Men” (“Homens de merda da mídia”, em tradução livre) enumerou 70 assediadores e contou inúmeras histórias do mundo editorial e sua autora não era conhecida. Até agora.
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Em um artigo na “The Cut”, na revista “New Yorker”, Moira Donegan não só revelou ser a pessoa por trás da lista, como trouxe mais surpreendentes dados de como os casos de abuso podem ser acobertados em empresas de mídia.
Segundo Moira, as reações aos depoimentos da lista foram desde apoio até respostas de que ela seria “anti-homens”. Houve investigações internas em grandes empresas com direito até mesmo a demissões de alguns dos denunciados. Assumindo que a condição de anonimato poderia trazer falsas acusações, a jornalista formada em 2013 justifica que não revelar nomes, por outro lado, é a garantia de que as vítimas sejam minimamente protegidas e, talvez, os agressores sejam punidos.
Por que se revelar?
Sem imaginar que as acusações tomariam repercussão, Moira disse que resolveu vir a público quando soube que seu nome seria revelado na "Harper’s Bazaar", pela editora Katie Roiphie, conhecida como polemizar entre o público feminista. Isso chegou às redes sociais e causou comoção, na maioria contra a revelação do nome de Moira.
Segundo reportagem do The New York Times, até quarta-feira, cinco jornalistas que publicariam artigos na publicação vetaram seus artigos em forma de protesto pela preservação da autora da polêmica lista.
Um dia antes do longo artigo de Moira, em entrevista ao jornal, Katie Rophie declarou que não era sua intenção mostrar o nome da jornalista, o que foi negado também pela porta-voz da Harper’s.
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