Mônica Martelli relembra abuso sexual que sofreu: "Não tinha entendimento"

Atriz, dramaturga, cronista e agora apresentadora do "Saia Justa", do GNT, Mônica Martelli é conhecida pelo bom humor, claro, mas também por falar de maneira leve de assuntos femininos.
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No entanto, à frente do programa, ela experimenta agora a possibilidade de tocar em temas espinhosos e relatar experiências dolorosas, como o abuso sexual que sofreu na adolescência.
"Ele começou a demonstrar que queria sexo. Fiquei paralisada. Logo pensei que, de biquíni naquele lugar escuro, na areia, a culpa só podia ser minha. Sem que eu quisesse, ele fez sexo comigo. De uns anos para cá é que nós estamos sabendo direito o que é assédio. Fui assediada a vida inteira e não tinha esse entendimento, o nome certo para dar aos fatos”, relata à revista "Claudia" de janeiro.
Discutir o feminismo em rede nacional é mais uma peça do quebra-cabeça que é a carreira — bem-sucedida — de Mônica. Uma trajetória que, ela mesma diz, não seguiu manuais. "Tudo na minha vida aconteceu mais tarde. O reconhecimento profissional só chegou aos 36 anos e tive uma filha aos 41. Sou fora dos padrões", afirma.
Prestes a completar 50 anos, ela diz que lida com o trabalho de maneira mais tranquila hoje. "Às vezes, reassumo aquela adolescente insegura. Não é ruim. Ela me traz a humildade necessária para não subir ao lugar da prepotência insuportável, aonde muitas pessoas vão quando fazem sucesso".
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