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A semana: salário mínimo, maconha e "safe zone" para mulheres em Berlim

Natacha Cortêz

Do UOL, em São Paulo

31/12/2017 04h00

Os acontecimentos, as pessoas e as iniciativas que fizeram barulho nesta semana, impactando a vida e o olhar das mulheres.

Dor em dobro

Ao menos sete em cada dez adolescentes de 10 a 14 anos que engravidaram como consequência de estupro foram violentadas em caráter repetitivo e por um familiar ou um parceiro íntimo. As informações constam em estudo preliminar do Ministério da Saúde a partir de notificações contabilizadas em três bancos de dados da pasta: o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, o Sistema de Informações sobre Mortalidade e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 

sombras, estupro - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Temer estabelece em R$ 954 o salário mínimo em 2018

O presidente Michel Temer editou nesta sexta-feira (29) decreto determinando em R$ 954 o valor do salário mínimo no país a partir de 1º de janeiro de 2018, contra os atuais R$ 937. O decreto publicado por Temer estabelece ainda o valor diário do salário mínimo em R$ 31,80, e o valor por hora em R$ 4,34.

Dinheiro - iStock - iStock
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"A nova revolução sexual é feminina"

"Há uma nova revolução sexual e ela é protagonizada por mulheres, especialmente as mais jovens", disse a psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo em entrevista ao UOL. Para ela, "a autorização social para experimentar favorece as mulheres, porque dá oportunidade para que obtenham maior autoconhecimento e autonomia de seus corpos, coisa que não tinham ou reivindicavam antes", e, ainda, "a revolução tem a ver com liberdade em muitos sentidos: quanto ao corpo, quanto ao próprio prazer, quanto à escolha dos parceiros e à escolha da orientação sexual." 

garota na cama  - iStock - iStock
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Desemprego é de 12% e atinge 12,6 milhões 

O desemprego no país foi de 12%, em média, no trimestre de setembro a novembro, de acordo com dados do IBGE. A taxa caiu em relação ao trimestre anterior (12,2%), encerrado em outubro, mas é maior que a registrada no mesmo trimestre do ano passado (11,9%). Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. Ainda segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil de setembro a novembro foi de 12,6 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2016 são 439 mil pessoas a mais sem emprego.

Emprego, carteira de trabalho - iStock - iStock
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O que mudou na vida das mulheres em 2017

Projetos que proíbem o aborto até em caso de estupro. Denúncias de assédio sexual no meio do entretenimento. O ano de 2017 envolveu dezenas de altos e baixos, positivos e negativos para as mulheres. Relembramos nesta matéria em UOL Estilo os acontecimentos mais importantes do último ano para a agenda feminina - e que terão impacto direto em 2018.

A comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realiza audiência pública para debater o tema "Proteger as meninas no presente para empoderar as mulheres do futuro". - Marcelo Camargo/Agência Brasil - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realiza audiência pública para debater o tema "Proteger as meninas no presente para empoderar as mulheres do futuro".
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cresce apoio à descriminalização da maconha 

O apoio dos brasileiros à descriminalização da maconha tem aumentado, apesar de a maioria (66%) ainda defender a criminalização do consumo da droga. O número, encontrado pelo Datafolha, é o maior já registrado. Nos anos 90, por exemplo, apenas 17% da população era favorável à descriminalização. 

Maconha - Getty Images  - Getty Images
Imagem: Getty Images

Apple pede "desculpas"

Após enfrentar críticas por admitir deixar alguns modelos de iPhones mais lentos, a empresa norte-americana se desculpou publicamente. A Apple ainda anunciou novas medidas para reconquistar a confiança de seus clientes. Entre elas, um software para que os usuários possam monitorar a "saúde" de seus aparelhos. 

Apple lança site de pesquisa de aprendizagem de máquina - Zigg - Zigg
Imagem: Zigg

Berlim cria safe zone para mulheres

Os organizadores da festa de Ano Novo em Berlim anunciaram que a celebração no Portão de Brandemburgo contará, pela primeira vez, com uma "zona segura" para mulheres, após casos de abusos serem registrados na passagem do ano de 2015 para 2016, em Colônia. As mulheres que forem atacadas ou que se sentirem assediadas vão ter apoio de funcionários da Cruz Vermelha alemã, além de ter a possibilidade de chamar a polícia. A zona especial ficará situada na rua Ebert-Straße.  

Ano novo Berlim - iStock - iStock
Ano Novo no Portão de Brandemburgo, em Berlim
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