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O que você precisa saber antes de levar seu filho ao pronto-socorro

Nem toda febre é motivo para correr com a criança para o pronto-socorro - Getty Images
Nem toda febre é motivo para correr com a criança para o pronto-socorro Imagem: Getty Images

Gabriela Guimarães e Veridiana Mercatelli

Colaboração para o UOL

27/12/2017 04h00

Em algumas ocasiões, correr até o hospital mais próximo é o melhor a fazer para evitar que a situação se agrave. Porém, mesmo nesses momentos, é bom estar preparado para garantir um atendimento adequado e, assim, aumentar as chances de que a criança se recupere rapidamente, sofrendo o mínimo possível. Veja o que você deve saber antes de correr para o pronto-socorro:

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1. Alguns sinais indicam que é uma emergência

Sangramentos intensos, desmaios, vômitos frequentes -- ou um único vômito após queda ou pancada forte na cabeça --, respiração ofegante, apatia, sonolência em horário incomum e dificuldade de organizar as ideias sinalizam que a criança precisa ser avaliada imediatamente por um médico.

2. Nem toda febre precisa de avaliação urgente 

Na maioria das vezes, ela pode ser controlada em casa, por algumas horas, até que se consiga horário com o médico que acompanha a criança e que, por conhecer o histórico de saúde dela, é o mais indicado para atendê-la. A não ser quando a temperatura não baixa com o remédio -- não é recomendável que ela passe dos 38,5ºC -- e para os picos de febre acima de 39,5ºC, quando é imprescindível correr para o pronto-socorro. Também vale ir ao hospital se a febre vier com vômito ou diarreia intensos, dores de cabeça que não passam, choro exagerado ou alterações bruscas de comportamento.

3. Consulte o pediatra da criança 

O profissional poderá orientar se é ou não o caso de correr para o PS. Além disso, pode dar indicações de locais para levar a criança, de acordo com o quadro. Em cidades grandes, é comum haver hospitais mais bem equipados para tratar determinadas especialidades, como ortopedia, cirurgia plástica, entre outras.

4. Leve somente o filho doente

Se houver outros filhos, é melhor que eles fiquem em casa. Assim, a mãe ou o pai poderá dedicar toda a atenção à criança que está se sentindo mal. Sem falar na diminuição do risco de transmissão de doenças entre os pequenos que estão saudáveis.

5. Reúna o máximo possível de documentos relacionados à saúde da criança

Levar a identidade ou a certidão de nascimento da criança, além dos seus documentos pessoais, é essencial. Mas, além desses, é importante ter à mão a Caderneta de Saúde da Criança ou mesmo a Caderneta de Vacinação. Se seu filho tem sempre o mesmo problema, já diagnosticado por exames específicos, leve-os, pois vão ajudar no atendimento. Um histórico de saúde completo é necessário quando a criança tem doenças cardíacas ou do sistema nervoso central.

6. Não tenha medo de fazer perguntas ao médico

Se você não tiver certeza de quais serão os próximos procedimentos ou se a criança precisa de um exame específico, peça, gentilmente, uma explicação. Também é trabalho do médico responder às perguntas dos pais.

7. Não estranhe a rapidez da consulta

Nem sempre uma consulta rápida significa descaso do médico. Na emergência, diferentemente do que acontece em uma consulta de rotina, o atendimento tem de ser ágil e eficiente, até para minimizar o risco de complicações. O mais importante é que vocês tenham tempo de descrever os sintomas apresentados pela criança e que recebam todas as informações sobre o diagnóstico e o tratamento.

8. Considere que o plantonista, normalmente, pecará pelo excesso

Sem conhecer o histórico da criança, o plantonista vai optar pelo tratamento mais eficaz para evitar o agravamento do quadro. Por isso, em geral, a terapêutica sugerida pelo médico do PS é mais agressiva do que a indicada pelo pediatra que já conhece a criança e que, portanto, consegue dimensionar melhor os riscos associados aos sintomas apresentados.

9. Em caso de dúvida, consulte novamente o pediatra do seu filho

Se não estiver seguro sobre os procedimentos realizados, a medicação ou se é mesmo necessário dar o antibiótico receitado pelo plantonista, pergunte ao pediatra do seu filho.

10. Não se cale diante de um atendimento ruim

Se o atendimento deixar a desejar, procure o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) de seu plano de saúde ou a ouvidoria da instituição onde seu filho foi atendido.

 

Fontes: Fátima Louro, pediatra e diretora da Unidade Criança 24h do Grupo Prontobaby, Davidson Vincoletto, pediatra e professor do curso de medicina da Uniderp.