Padrastos e madrastas "só amor": enteados falam sobre ótimas relações
A figura do padrasto e da madrasta é, historicamente, carregada de estereótipos ruins. Nos contos de fadas, ao menos na maioria deles, esses personagens são malvados e chegam para fazer mal para o mocinho da vez. Mas na vida real nem sempre é assim e histórias bonitas podem surgir das relações que acontecem após a separação de um casal com filhos.
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A seguir, contamos casos de sucesso de pessoas que assumiram uma posição importante na vida de seus enteados.
Das formaturas para o caminho do altar
Quando o casamento dos pais de Rayane Carvalho, 28, acabou, ela tinha apenas 6 anos. Filha do meio com mais dois irmãos, Renata e Alípio, ela conta que no início do relacionamento da mãe, Janea, com Rômulo, sentia ciúme, achava entranho, mas ele não frequentava a casa da família.
"O namoro começou um ano e meio depois da separação. E demorou para o Rômulo começar a conviver com a gente. A primeira vez que dormiu em casa foi porque eu estava passando mal, fiquei internada e ele ficou para ajudar a minha mãe. A partir daí, como ele morava no Rio [de Janeiro] e nós em Resende (RJ), passou a ficar todos os finais de semana conosco."
A relação estreitou com o passar do tempo e Rayane virou o "xodozinho" do namorado da mãe. Mas não só ela. Por conta do afastamento do pai biológico, o padrasto passou a ajudar com as despesas de educação dos filhos de Janea: colégio, cursos de inglês, faculdade...
"Quando me formei na escola e na faculdade, levei o Rômulo para dançar a valsa comigo. No término que tive com meu marido, quando éramos namorados, chorei no colo dele. Sempre me deu o maior apoio."
O relacionamento de Janea e Rômulo já dura 20 anos. E no ano passado, quando Rayane e Zé decidiram se casar, o padrasto entrou em cena mais uma vez.
"Inicialmente ele disse que ia apenas ajudar, mas pagou tudo, fez tudo que a gente queria. E na hora de decidir quem ia entrar comigo na igreja, não tive dúvidas, era ele: me criou, me deu tudo e tem muita influência na pessoa que eu me tornei. Ele é um pai para mim."
Apresentadas como mãe e filha
Janinne Rodrigues, 19, perdeu a mãe antes de completar 2 anos. Depois disso, foi criada pelos avós até os 12 anos, quando ambos morreram. A irmã de Janinne era como uma mãe para ela, morava na mesma casa com os avós, tinham uma relação muito próxima. Mas diante da situação, a guarda ficou com o pai, Cedimar, e a menina, na época com 14 anos, foi morar com ele e a mulher, Carla.
"Eu já a conhecia e, na verdade, nunca tive ciúmes ou esses problemas que todo mundo fala das madrastas. Meu pai sempre foi muito sozinho, então eu sabia que a relação com ela faria bem. Para mim, foi muito bom ir morar com eles, me deu uma estrutura familiar que nunca tive."
Janinne conta que elas têm uma ótima relação e recebe muito apoio da madrasta. "Apresento como minha mãe, até porque é mais fácil do que explicar essa história toda, né? Mas conversamos sobre tudo, sinto segurança, estabilidade, sou muito feliz com eles dois."
O padrasto amigo que realizou sonhos
Os pais de Carol Cotes, 19, foram casados por 15 anos. Quando a mãe dela, Claudia, começou a namorar Arthur, a estudante de jornalismo percebeu que ela e o irmão, Vitor, haviam tirado a sorte grande.
"Ele é maravilhoso e, acima de tudo, sabe e respeita a prioridade da minha mãe, que somos nós, os filhos. Nunca ultrapassou limites ou se meteu na nossa vida. Sempre deu apoio nos momentos de crise e quando quis dar um conselho, até permissão pediu para isso."
O namoro de Claudia e Arthur já dura sete anos e, embora não morem juntos, Carol o considera como um padrasto. "Viajamos muito juntos, conhecemos vários países --coisa que não fazíamos antes da separação dos meus pais-- e isso é muito legal. Realizamos muitos sonhos com ele."
Se depender da estudante, o relacionamento da mãe vai durar para sempre. "Eu tinha 12 anos quando eles começaram. É um homem muito importante na minha criação, faz parte de quem eu sou. Tenho muito carinho pelo Arthur."
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