Maria Clara Spinelli sobre transfobia: "Como se minha mãe sofresse também"

Depois de papeis nas novelas "Salve Jorge", "A Força do Querer" e na série "Supermax", Maria Clara Spinelli ganhou não apenas visibilidade diante do grande público, mas abriu espaço para ampliar a discussão dos direitos trans e contar as histórias da comunidade, da qual também é parte.
"Não só eu ganhei voz [ao participar da novela]. Artistas como Pabllo Vittar e As Bahias e a Cozinha Mineira mereceram destaque também. Não fomos descritos como vítimas, mas como trabalhadores que obtiveram reconhecimento”, disse a atriz à revista "Claudia" de dezembro, da qual é uma das estrela de capa.
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Plataformas com proporções semelhantes às da tevê para debater os direitos e a identidade LGBT são importantes para quem se entende trans. "As minorias descobrirão que reúnem muitas pessoas e não estão isoladas".
Para ela, este entendimento pode ser transformador para a saúde mental de quem é trans. “Somos batalhadores, olhamos para as nossas dores e queremos fazer algo melhor, curá-las”.
Maria Clara também acredita no poder de educar que a mídia — e ela mesma, enquanto pessoa pública — têm de educar a população para respeitar e evitar a violência contra os LGBT. "Levo as lutas até a última instância. Se eu perder, terei tentado tudo. No caminho, quem sabe, tocarei algumas pessoas".
A atriz se diz tocada pessoalmente por cada notícia de agressão contra gays, lésbicas e transgêneros. "É como se minha mãe estivesse sofrendo também". E observa que há violências que não são apenas físicas. "Não se pode perguntar à pessoa trans o nome anterior nem questionar se já fez cirurgia”, finaliza.
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