Igreja da Suécia abandona o uso de pronome masculino para se referir a Deus
A Igreja da Suécia, de fé evangélica luterana, determinou que seu clero deve abandonar o uso de pronomes masculinos e orientou a adoção de linguagem neutra de gênero ao se referir a Deus.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira, 24, depois de uma reunião entre 251 líderes da religião que durou oito dias. Expressões como "Senhor", portanto, são desencorajadas com esta atualização das liturgias, hinários e regras sobre como os cultos devem ser conduzidos — a primeira em 31 anos — que entra em vigor a partir de 20 de maio de 2018, no feriado cristão de Pentecostes.
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A Igreja da Suécia aceita a ordenação feminina desde 1958 e é liderada hoje por uma mulher, a arcebispa Antie Jackelén. Ela disse a agência de notícias local TT, que a discussão a respeito de uma linguagem mais inclusiva tem acontecido desde a conferência de 1986.
"Teologicamente, por exemplo, sabemos que Deus está além de determinações de gênero, porque Deus não é humano", afirmou.
A mudança sofreu críticas de alguns setores da instituição no país, de acordo com o jornal dinamarquês "Kristeligt Dagblad". O professor de teologia da Universidade de Lund disse à publicação que a alteração "subestimava a doutrina da Santíssima Trindade e a comunhão com outras igrejas cristãs".
"Não é muito esperto que a Igreja da Suécia se torne conhecida como a igreja que não respeita a herança comum teológica", acredita.
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