A semana: brasileira luta por guarda da filha na França, e censura no Masp
Os acontecimentos, as pessoas e as iniciativas que fizeram barulho nesta semana, impactando a vida e o olhar das mulheres.
"Qual foi meu crime?"
Para fugir da violência doméstica da qual era vítima, a psicóloga e professora Valéria Ghisi (foto) deixou a França e voltou para o Brasil com a filha, de quatro anos. Mesmo pesando contra o pai da criança denúncias formais de agressão contra Valéria, ele conseguiu, via Justiça brasileira, a guarda menina. Vivendo na França há um ano sem poder trabalhar, pois não tem os documentos necessários, a psicóloga trava uma batalha na Justiça dos dois países para ter a filha de volta. Nesta semana, ela lançou, inclusive, um abaixo-assinado para pressionar os tribunais. "Qual foi meu crime? Foi me recusar a continuar apanhando e ter procurado outro lugar para morar", falou Valéria em entrevista ao UOL.
"O tráfico financia campanhas políticas"
"O tráfico de drogas não acaba porque financia campanhas políticas no Brasil", afirmou Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP (na foto, à direita), em entrevista exclusiva ao UOL. Apontado como um dos chefes do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, ele cumpre pena de 48 anos pelos crimes de tráfico de drogas e por ser mandante de dois assassinatos. No sábado (21), Marcinho lançou o livro "Marcinho Verdades e Posições - Direito Penal do Inimigo", escrita em coautoria com o jornalista Renato Homem.
Fim da fantasia do sangue azul
A Bodyform, marca britânica de absorventes higiênicos, resolveu acabar com a fantasia da publicidade de produtos do segmento e colocou no comercial de TV um absorvente sujo com sangue cor de... sangue! O slogan cutuca esse velho tabu: “Mulheres não menstruam líquido azul. Elas menstruam sangue".
Burocracia dificulta combate ao trabalho escravo
Uma portaria do Ministério do Trabalho, publicada na segunda-feira (16), dificultou a divulgação da chamada "lista suja" do trabalho escravo no país. Se antes, em norma estabelecida na gestão Dilma, a organização e a divulgação do cadastro era responsabilidade da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, ligada à Secretaria de Inspeção do Trabalho, agora, a lista só sai com ordem expressa do Ministro do Trabalho.
Astrologia, a nova espiritualidade
Segundo a WGSN, empresa que detecta tendências comportamentais, a Astrologia, apesar de milenar, faz parte de uma nova espiritualidade. "Em tempos de crise e incerteza política, o millennial quer pertencer a algo maior. Mas não se identificam com dogmas e rituais religiosos”, diz a pesquisadora Maria Kowalski. O assunto foi destaque no UOL na semana.
Balança, mas não cai
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados rejeitou a denúncia feita pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da República). Outro para quem a semana terminou com boas notícias foi o senador Aécio Neves, que teve o pedido de afastamento rejeitado pelo Senado.
Jornalista morta em atentado
A jornalista investigativa Daphne Caruana Galizia, 53, morreu após seu carro explodir por causa de uma bomba, em Malta, na segunda-feira (16). Autora de um dos blogs mais populares da ilha europeia, Daphne revelou a participção de figuras políticas maltesas nos chamados Panana Papers --escândalo mundial de corrupção que envolveu o uso de empresas para esconder dinheiro, divulgado em 2016 pela imprensa de vários países.
Ativista humanitária estuprada em base da ONU
A canadense Megan Norbert, 30, trabalhava em uma missão humanitária no Sudão do Sul quando foi dopada e estuprada por um colega de trabalho, dentro de uma base da ONU (Organização das Nações Unidas). Sem nenhum apoio da entidade que representava, Megan criou a ONG Report the Abuse, para registrar os casos de abuso praticados por integrantes de missões humanitárias e apoiar as vítimas. Pesquisa da ONG, divulgada em agosto, chegou a números alarmantes: 87% dos mil entrevistados disseram conhecer algum colega que sofreu algum tipo de violência sexual.
Menores de 18 barrados no Masp
Pela primeira vez em 70 anos de existência, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) não permitirá menores de 18 anos em uma exposição. A mostra coletiva "Histórias da Sexualidade" foi inaugurada na sexta-feira (20). A decisão da instituição foi alvo de protestos (foto). O veto acontece após duas polêmicas recentes, uma envolvendo a performance de um artista nu no MAM (Museu de Arte Moderna), também na capital paulista, e o cancelamento da mostra "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", em Porto Alegre.
Alerta sobre planos de saúde
Relator de uma comissão especial que analisa mudanças na lei dos planos de saúde, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) apresentou parecer que libera reajuste a idoso (hoje o Estatuto do Idoso não permite cobrança para usuários com mais de 60 anos) e reduz multas a plano que negar atendimento. O texto, que tramita em regime de urgência, substitui outros 140 projetos sobre planos de saúde enviados à comissão.
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