12 cuidados que mulheres tomam por medo de estupro, e homens nem imaginam
O dia a dia da mulher é cercado de cuidados e medidas de proteção. Por que? Medo. E não tem só a ver com assaltos ou violência urbana, mas com violência sexual. Afinal, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Para evitar fazer parte dessas estatísticas, elas adotam certos comportamentos que nem fazem sentido para a maioria dos homens. Conversamos com algumas delas, que compartilharam seus "métodos" de proteção. Você já fez algo do tipo?
1. Bunda na parede
No metrô, trem ou ônibus, a professora Aína Cruz sempre procura se sentar. Se não der, ela faz questão de ficar com o bumbum encostado na parede do transporte, para evitar encoxadas.
2. "Alô, tô chegando"
No táxi ou em qualquer transporte individual, várias das entrevistadas contam fingir, ou de fato fazer, ligações para outras pessoas informando que estão a caminho. Assim, se o motorista planeja algum tipo de violência, pensará duas vezes, pois pode ser pego.
3. Trajeto compartilhado
Os aplicativos de carona também ajudam, com o recurso de compartilhar seu trajeto com outra pessoa. É o que faz a jornalista Marília Taufic: assim que chama um carro, já envia o trajeto para seu companheiro, que pode saber em tempo real onde está, além do nome do motorista e a placa do carro.
4. "Meu marido (insira aqui qualquer informação)"
"Se tem uma coisa que homens respeitam são os outros homens", afirma Aína Cruz. Então, se ela está sozinha com mais um homem, já vai logo dizendo que tem um marido, mesmo quando está solteira, para garantir que ele não a assedie.
5. Kung fu, krav maga, artes marciais
As aulas de luta com foco em defesa pessoal para mulheres têm se tornado cada vez mais populares. O motivo? Saber se defender no caso de uma abordagem na rua.
6. Parar de andar repentinamente
Se um homem começa a andar atrás ou ao lado de uma mulher quando ela caminha em uma rua deserta, o primeiro pensamento é: "Estou sendo seguida". Então, assim que ouvem os passos, muitas mulheres param de andar para que o homem ultrapasse. Se ele parar também, é hora de correr.
7. Entrar em prédios desconhecidos
Todas as entrevistadas já fizeram isso: ao perceber que um homem as tem seguido por algum tempo, entram em algum estabelecimento comercial ou na portaria de um prédio para tentar se proteger.
8. Encontros, só em lugar público
Conheceu aquele boy por um aplicativo e vai sair? Nada de ir para a casa dele ou lugar ermo. A designer Larissa Ribeiro só marcava os encontros em lugares movimentados, como restaurantes ou praças.
9. Antes de sair, deixar as amigas avisadas
Nome do cara, endereço, onde vai ser o encontro... A professora Ana Carolina Mello compartilha tudo com as amigas e combina de dar notícias de tempos em tempos. Compartilhar a localização por GPS também vale. Assim, se o cara não for bem o que dizia ser e tentar algo violento, o resgate já está preparado.
10. Tá filmando?
Aplicativos criados para segurança transformam o celular em câmera escondida. Mas tem gente usando isso para propósitos fora do original: filmar o sexo sem autorização da mulher. Para se prevenir, o jeito é garantir que o aparelho do cara esteja em um lugar onde nada possa ser filmado na hora da transa.
11. Nunca aceitar bebidas de estranhos
Parece recomendação de mãe, mas Aína descobriu do pior jeito que faz sentido. Ela foi vítima de Boa Noite Cinderela e, atualmente, não aceita bebida de ninguém e ainda fica de olho no seu copo. Não vá ao banheiro e deixe o seu copo no balcão, por exemplo. Nunca se sabe se alguém pode colocar algo nele.
12. Acenar para uma outra mulher
Muitas mulheres acenam e até param para conversar com desconhecidos nas ruas. A intenção é desencorajar um possível agressor, já que não estaria mais só. A partir disso um movimento foi criado, o Vamos Juntas, que incentiva mulheres a fazerem companhia umas às outras nas ruas.
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