Após assassinato brutal de musicista, mulheres vão protestar em SP e MS

Após o assassinato brutal de Mayara Amaral, 27, chocar o País, atos de repúdio ao número crescente de feminicídios foram marcados em São Paulo e em Campo Grande, onde o crime aconteceu, no último dia 24.
As duas manifestações em memória de Mayara estão marcadas para a próxima sexta-feira (4) e têm o nome de "Nós por nós, contra o feminicídio". Em Campo Grande, o protesto vai ocorrer a partir das 16h, na Praça Ary Coelho. Na capital paulista, o ato acontecerá no MASP, na avenida Paulista, às 17h.
O caso
Golpeada na cabeça com um martelo e depois carbonizada, a violonista erudita foi atacada por dois homens – um deles, Luís Alberto Bastos Barbosa, teria um relacionamento com Mayara, afirma Pauliane Amaral, jornalista e irmã da vítima. Um terceiro envolvido teria participado da tentativa de ocultação do cadáver.
Luís Alberto confessou participação no crime e entregou os supostos comparsas -- Ronaldo Olmedo e Anderson Pereira, ambos com passagens pela polícia por tráfico e roubo -- que negam o crime. Todos agora estão presos. Em entrevista coletiva, Luís alegou que estava sob efeito de drogas.
Na versão de Luís, Mayara teria consentido com um encontro com dois dos homens em um motel. A irmã da vítima, no entanto, acusa os suspeitos de estupro e questiona: "Para que o martelo então, se era consentido?"
Na casa de Luís, foram encontradas as roupas de Mayara sujas de sangue e pertences dela, como notebook, carteira de motorista e instrumentos musicais. O carro da musicista ainda foi vendido por Luís a um dos comparsas.
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