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Ela poderia ficar cega: para ter olho azul, garota coloca olho de boneca

Vivian Ortiz

Do UOL, em São Paulo

03/07/2017 19h40

Um vídeo compartilhado na internet no último sábado (1º) pode aterrorizar o espectador mais sensível. Nele, uma menina, identificada como Rayssa, surge em pânico após introduzir um olho de boneca dentro de sua própria órbita ocular, com o intuito que ficasse "azul".

A cena fica ainda mais aflitiva porque a pálpebra acaba incorporando o objeto, dificultando a remoção. Tanto que quem retira a peça é a mãe da menina, Ivanny. Mas, na própria postagem do vídeo no Facebook, ela conta a boa notícia: apesar da irritação causada na hora, a menina de 11 anos está enxergando normalmente.

"Ela estava no quarto brincando com a boneca. Olhei e, para mim, estava tudo normal. De repente, apareceu desse jeito", contou em sua rede social. "Sou tranquila, mas fiquei assustada demais".

Sorte

Menina coloca olho de boneca - Reprodução - Reprodução
Brincadeira poderia ter acabado mal
Imagem: Reprodução

A Dra. Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), explica que a menina provavelmente não teve nenhum problema porque o olho da boneca tinha o formato de uma prótese, que acabou encobrindo toda a órbita ocular sem causar machucados.

"No entanto, caso o material fosse irregular, rugoso, pontudo, ou mesmo tivesse resquícios de cola dentro, por exemplo, poderia ter arranhado ou até mesmo furado o olho da menina", ressalta a especialista. "Isso é até um alerta para que os fabricantes de brinquedos tomem um cuidado maior", diz.

Como proceder

No momento de desespero, a mãe de Rayssa acabou tomando a decisão de ela mesma retirar o material do olho da filha, e obteve sucesso. Contudo, a especialista lembra que o correto seria as duas terem ido até algum hospital que contasse com o atendimento de algum oftamologista no serviço de emergência.

"Qualquer movimento errado e a mãe poderia ter machucado aquele olho. O profissional pingaria um colírio específico, tiraria com mais calma e, se tivesse problema, as duas já estariam no lugar certo para tratar", explica a Dra. Lisia, antes de completar: "O bom é que, no fim, deu tudo certo".