Encantado com o vídeo de bebê vidrado na mãe? A gente explica
A bebê Julieta –filha da brasileira Gisely Valiani, que mora em Portugal-- conquistou as redes sociais ao aparecer em um vídeo em que contempla a mãe cantando para ela. Até o momento, a gravação teve 12 milhões de visualizações no Facebook e mais de 230 mil compartilhamentos. A fofura que conquistou as pessoas na rede social é a expressão de uma relação que começou a ser construída no útero, segundo a pediatra Juliana Rosis, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo.
A médica afirma que a audição do bebê começa a se desenvolver entre a 20ª e a 21ª semana de gestação, ou seja, desde a barriga, a criança se acostuma com a voz da mãe.
Cientista usou os próprios filhos
Juliana cita um estudo que o cientista americano Amir Lahav começou quando os filhos gêmeos nasceram prematuros de 25 semanas. O pesquisador gravou a voz da mulher e colocou a gravação para rodar quatro vezes por dia durante o tempo em que as crianças permaneceram internadas na UTI neonatal. O que ele constatou? Que os filhos ficavam mais tranquilos, com diminuição da frequência cardíaca, mesmo em um ambiente em que eram manipulados constantemente por pessoas estranhas.
Depois de passada a tempestade na vida pessoal, Lahav repetiu o estudo com outras crianças e chegou a mesma conclusão.
Para a pediatra do Santa Joana, o encantamento da bebê Julieta não é só em função da voz da mãe e, sim, um conjunto da obra. “É a combinação de colo, temperatura da pele, batimento cardíaco, que remete ao ambiente que a criança tinha no útero.”
Pai tem vez
A especialista fala que, embora a capacidade de reconhecer a voz materna comece a se desenvolver ainda no útero, é só no mundo aqui fora que a criança passa a apresentar reações físicas visíveis, como o olhar e a carinha apaixonada da bebê Julieta.
Embora a conexão mãe e filho tenha um poder extra graças à gestação, os pais também são capazes de construir esse tipo de vínculo.
“Na UTI neonatal, a gente vê que os prematuros também se acalmam quando são colocados no colo dos pais, com contato pele a pele [técnica conhecida como método canguru]. O que comprova que o bebê também é capaz de reconhecer o homem.”
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