Se sentir esgotado não é normal e pode levar à depressão; saiba o que fazer
"Estou esgotado!". Quem nunca disse essa frase que atire a primeira pedra. A sensação de que as energias --mentais e físicas-- chegaram ao fim é comum diante de uma situação recorrente de estresse. O esgotamento emocional está um passo atrás de um transtorno de ansiedade ou depressivo. E não há diagnóstico específico para ele. Entretanto, de acordo com Daniel de Sousa Filho, médico psiquiatra do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, é um evento reconhecido e ignorá-lo pode fazer o quadro se agravar e evoluir para tais patologias.
"Pacientes que já estão em um estado depressivo por tristeza, irritabilidade, perda de interesses e pensamentos de morte relatam que passaram por períodos de intenso estresse no trabalho e na vida pessoal. O acúmulo do esgotamento pode piorar a ponto de a pessoa não conseguir sair da cama, não ter vontade de viver, que também são entendidos como sinais de depressão".
O psicólogo José Roberto Leite, professor do departamento de psicobiologia da EPM da Unifesp (Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo), considera o esgotamento a terceira fase do processo de estresse, quando o indivíduo entra em exaustão.
"Estar envolvido emocionalmente com uma situação estressante por um longo período faz o organismo liberar hormônios que levam a reações somáticas, como perda de cabelo, dermatites, sudorese intensa, insônia, dores de cabeça, entre outras".
José Roberto afirma ainda que chegar a esse “pico” é algo individual de cada ser humano. Uma mesma situação atinge as pessoas de maneiras diferentes. "Alguns indivíduos têm uma tendência comportamental maior à catastrofização, como se tudo estivesse indo por água abaixo". Segundo o psicólogo, isso está nas entrelinhas de frases como "eu não aguento mais”.
O especialista em inteligência emocional Rodrigo Fonseca diz que pouco importa o nome --esgotamento, estafa, estresse--, mas sim as reações que vêm com esse excesso de emoções, principalmente a ansiedade e o medo desproporcional. Ele explica que alguns dos sinais mais comuns são irritabilidade, choro fácil e angústia. Entre as consequências, a perda de memória.
Na verdade, a pessoa não chega a perder uma informação porque ela sequer consegue registrar aquilo Rodrigo Fonseca, presidente da SBie (Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional)
O que fazer
É claro que a terapia é um caminho a ser seguido para retomar o controle da própria vida. Mas o psiquiatra Daniel afirma que estratégias simples podem ajudar a lidar com o esgotamento. Diferente de um quadro depressivo ou de ansiedade que, na maior parte das vezes, precisa de psicoterapia e medicamentos no tratamento. Portanto, fique de olho nas dicas abaixo:
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