Em SP, pai é acusado de maltratar bebê por carregá-lo em sling
Na sexta-feira (17), o músico Fabio Bisetti, 27 anos, foi abordado por policiais civis quando buscava o filho mais velho, Cris, 8, em uma escola na zona sul de São Paulo. Acusado de maltratar o caçula, Zac, de um ano e seis meses, que ele carregava em um sling.
“Meu marido falou que eles apontaram para o carregador e falaram que aquilo era maltratar criança”, contou Ramone Loyola, 28, ao UOL.
Indignado com a abordagem, Bisetti chegou a falar para os policiais que não falassem daquela maneira na frente dos filhos. “Eles disseram que não só podiam falar como ele poderia responder por desacato, se não os acompanhasse”, afirma Ramone.
O músico, então, pediu para deixar os filhos aos cuidados do pai, morador das proximidades da escola, e foi à delegacia dar explicações. “Chegando lá, começaram a perguntar o que era aquele pano, e o Fábio acabou prestando consultoria sobre o sling, o que era e os benefícios de carregar a criança nele.”
Bisetti foi liberado pela polícia e nenhuma acusação foi formalizada contra ele. “Os policiais falaram que haviam ido até a escola após uma denúncia anônima de maus tratos.”
Ramone diz que o sling é uma “ferramenta de amor” na sua família, e o marido é o principal entusiasta de seu uso. “A gente usa desde que o Zac nasceu. Hoje, como ele está grandinho, não dou conta de carregá-lo no tecido. O Fabio é quem mais usa agora. Carrega o Zac nele para levar o Cris para a escola, para ir ao mercado e outras tarefas do dia a dia.”
Ela fala que já havia passado por situações chatas em função do sling, com pessoas questionando se não o acessório não machucava ou sufocava o bebê, mas nada tão constrangedor quanto o que ocorreu com o marido. “Ainda existe muita ignorância sobre esse assunto.”
Desse episódio, Ramone diz que o marido tirou o desejo de disseminar conhecimento sobre o sling. Segundo ela, o músico está tentando viabilizar um curso em um espaço cultural no bairro do Butantã, na zona oeste da capital paulista. “Ele já ensinou o vigia da rua onde moramos e outras pessoas próximas, agora quer dar consultoria para mais pessoas, principalmente para homens.”
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