"Não queria pai decorativo", diz mulher que terminou namoro estando grávida
Nem sempre a gravidez é um período gostoso e tranquilo na vida de um casal. No caso de Natália Alves* foi nesse período que ela se separou do pai de sua filha, que “caiu na farra” durante a gestação.
Natural de São Paulo, Natália foi morar com o namorado no interior do Rio Grande do Sul e, no dia da mudança, engravidou. "O fato de moramos em uma cidade pequena me limitava muito nas possibilidades de emprego e vida social, então, fui ficando cada vez mais em casa. Começamos a brigar muito por incompatibilidade de gênio e valores e o convívio constante piorou tudo", conta.
Quando completou três meses de gestação, o casal teve uma briga séria. "As diferenças chegaram no nível físico, ele me agrediu e eu arrumei minhas coisas e voltei para minha cidade correndo. Minha mãe disse que se eu esperasse a criança nascer para sair de lá, ia ser um problemão. Durante a gestação, nos falamos pouco, quando conversávamos era para discutir", diz.
O episódio foi uma decepção para Natália. "Ele que sempre teve o sonho de ser pai. Eu era recém-formada, tinha um bom emprego, viajava. Achei que tudo estava perfeito por ter conhecido alguém que sonhava em casar e ter filhos", explica.
Ela, então, resolveu ser mãe solteira. "Não me via discutindo a criação de uma criança com alguém tão diferente de mim. Hoje, vejo que essa foi a melhor decisão que tomei. Muitas mulheres têm medo de encarar a criação do filho sozinhas ou do que a sociedade pensará disso. Tolice. O peso fica em cima delas, casadas ou não. Não queria um pai decorativo", fala.
Para ela, a atitude do seu ex-namorado mostra que ele não fez nenhum esforço para se preparar para receber uma criança. “Ter tido a minha filha sozinha foi a melhor decisão da minha vida. Meus pais são realizados como avós e eu, como mãe. Hoje em dia, mulher não precisa de homem para se realizar como mãe", finaliza.
* Nome foi trocado a pedido da entrevistada
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