Wanessa apoia Zilú: até filhos adultos escolhem lado na separação dos pais

O fim do casamento de Zezé Di Camargo e Zilú veio à tona em 2014, mas ainda hoje notícias sobre conflitos da filha mais velha do cantor, Wanessa, de 33 anos, com a atual namorada do artista, têm espaço na mídia. Por que, mesmo para filhos adultos, é difícil lidar com a separação dos pais?
Em seu consultório, a psicóloga Tatiana Leite, especializada em terapia de família pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, atende tanto crianças e adolescentes quanto adultos afetados pelo divórcio dos pais.
Tatiana fala que o conflito acontece porque o filho –movido por um sentimento de lealdade— vê-se impelido a escolher um lado, geralmente aquele que parece mais fragilizado, o que não “provocou” a separação. Ao contrário do que muitos imaginam, os adultos, apesar de terem mais repertório emocional do que as crianças, muitas vezes, têm mais inclinação a tomar partido de um dos lados.
“Mesmo que um dos pais tenha sido mais egoísta, o outro permitiu que acontecesse. Não há apenas uma vítima na separação. Ela é construída pelos dois”, afirma a psicoterapeuta de família Miriam Barros.
Tatiana Leite fala que os filhos adultos costumam alimentar a fantasia de que falharam e que poderiam ter ajudado o pai e a mãe, confundindo a vida deles como casal com a da família.
“É uma dificuldade de olhar para os pais e entender que, como qualquer pessoa, eles podem fazer escolhas que parecem erradas. Passam a desconfiar da identidade daquele pai ou mãe”, declara a terapeuta.
Segundo Tatiana, o primeiro passo na superação do conflito é separar o casamento dos pais da instituição família. “É sempre possível resgatar as relações, mesmo que demore um tempo. O filho vai ter de se reorganizar socialmente. Entender que não existe mais o almoço de domingo na casa dos pais, mas, sim, encontros na da mãe ou na do pai.”
Para Miriam, a forma como os filhos lidarão com a separação dos pais vem, em grande parte, de como esses conduzem a situação. “Eles têm de demonstrar mais maturidade, por mais feridos que estejam. Se encaram os problemas como sendo seus, se não se vitimizam, os filhos tendem a encarar de maneira mais tranquila.”
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