Pesquisa diz que machismo diminuiu, mas o que as mulheres sentem nas ruas?
O Instituto Avon encomendou uma pesquisa sobre o papel dos homens na desconstrução do machismo no dia a dia. E os dados do Instituto Locomotiva, convocado para a ação, mostram que, embora avanços tenham sido registrados, ainda há uma longa caminhada a ser percorrida. E o reflexo nas ruas é um dos exemplos.
Participaram 1.800 pessoas acima de 16 anos, em 70 cidades do Brasil. Entre os dados, 8% dos entrevistados parou de usar termos como "piranha" e "vagabunda" para se referir a mulheres; 18% afirmou não assediar mais o público feminino nas ruas. Segundo a pesquisa, 11% deixaram de criticá-las pelo uso de peças de roupa como saias curtas e decotes.
Só que palavras como "piranha" e "vagabunda" ainda fazem parte do vocabulário de iguais 8% dos pesquisados; 19% ainda assedia nas ruas e 23% assume permanecer com os julgamentos pelas roupas que elas escolhem vestir.
O estudo aponta que a movimentação dos homens com o auxílio de figuras do mesmo gênero é bastante importante no assunto, já que 34% dos entrevistados comentou ter repensado comportamentos machistas após conversas com amigos e parentes homens. Para fins de comparação, 44% dos homens afirmaram que ser chamado de machista não serviria como estímulo para o engajamento na luta pelos direitos da mulher.
31% dos homens afirmou que gostariam de não ser machistas, mas que não sabem como agir para tal. 6 em cada 10 acham que poderiam melhorar sua postura em relação às mulheres.
O UOL conversou com algumas mulheres para saber se o conteúdo abordado na pesquisa reflete nas ruas. Muitas afirmaram sentir que, embora o assédio continue rolando, alguns homens têm sido mais discretos ao expor seus preconceitos --principalmente porque elas estão se posicionando contra o machismo cada vez mais.
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