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Da adolescência à velhice: amigos fazem bem para a saúde

Não ter amigos faz tão mal quanto não praticar exercícios físicos - Getty Images
Não ter amigos faz tão mal quanto não praticar exercícios físicos Imagem: Getty Images

Nicholas Bakalar

The New York Times

14/01/2016 12h42

Ter amigos é bom para sua saúde física, e os benefícios parecem começar cedo na vida, de acordo com uma nova pesquisa.

Os cientistas usaram dados de mais de 14 mil americanos, da adolescência até a velhice, de quatro grandes pesquisas de saúde com representação nacional. Eles mediram a integração social com um índice que quantifica o número e a natureza das conexões sociais --em relacionamentos românticos, com a família e amigos, e pela participação em organizações religiosas e sociais. O estudo foi publicado na revista científica americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Depois do controle de nível educacional, fumo, depressão, consumo de álcool, diabetes e outras características, descobriram que uma pontuação mais baixa no índice de integração social estava associada a níveis mais altos de proteína C reativa, uma medida de inflamação geral, à pressão sanguínea mais alta e a índices de massa corporal e circunferência abdominal maiores.

Em algumas idades, as associações eram mais fortes do que em outras. Por exemplo, isolamento social na adolescência aumentava o risco de inflamação para mais ou menos o mesmo nível da falta de atividade física. Estar isolado na velhice aumentava o risco de hipertensão e de diabetes.

“O relacionamento entre o isolamento social e a saúde ruim é bem conhecido entre as pessoas mais velhas, mas é a primeira vez que vemos isso ocorrer mais cedo, quando as pessoas começam esses relacionamentos --no início da adolescência”, afirma a autora do estudo, Kathleen Mullan Harris, professora de sociologia da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.