Planejamento evita estresse em viagens de avião com criança
Viagens de avião com bebês e crianças podem ser bastante estressantes, afinal, não é fácil mantê-los tranquilos por muito tempo, principalmente em um lugar fechado. Para que as férias em família não se tornem um aborrecimento para a criançada nem para os pais, é preciso tomar alguns cuidados com alimentação, conforto, segurança e entretenimento. Veja algumas dicas.
Alimentação
O médico Tadeu Fernando Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), afirma que, ao viajar de avião com bebês e crianças, não se deve mudar muito a alimentação deles. Por isso, mesmo que a companhia aérea ofereça refeições infantis, melhor não arriscar.
“Recomendo dar chá, suco, frutas, água, bolachas de água e sal ou biscoito de polvilho, de acordo com a idade do filho. Também não é bom fazer refeições pesadas antes de embarcar. Com o estômago cheio, é mais fácil ter náusea e vômito, sobretudo no pouso e na decolagem.”
Bebidas estimulantes, como café, chocolate e refrigerantes de cola, podem deixar a criança agitada demais durante o voo. Evite.
Em voos internacionais, existem restrições para o transporte de líquidos em bagagem de mão. Todos os líquidos, pastas e cremes devem ser colocados em frascos com capacidade de até 100 ml e acondicionados em embalagem plástica transparente, vedada, com capacidade máxima de um litro, não excedendo as dimensões de 20 cm por 20 cm. Cada passageiro só pode transportar um receptáculo desses, que deve ser apresentado na inspeção de embarque de passageiros.
“É frequente as mães quererem entrar no avião com mamadeira pronta de 200 ml, mas não pode. Leve somente o leite em pó e, dentro da aeronave, peça água para a comissária.”
Para os voos domésticos não existem restrições.
Conforto
Para que as crianças não sofram, o ideal é escolher trechos menores e voos diretos, de preferência noturnos. Viagens internacionais costumam ser mais cansativas pelo longo tempo de espera nos aeroportos e na imigração.
A escolha das poltronas também é importante. “Se possível, escolha os assentos conforto, que oferecem mais espaço, e lembre-se de que as crianças não podem se sentar próximas a saídas de emergência.”
Outra questão a ser levada em consideração é a temperatura dentro da aeronave, que pode oscilar e até baixar muito. “Prefira roupas fáceis de colocar e tirar, evitando macaquinhos. Além disso, é bom levar sempre um cobertor.”
No caso dos bebês que usam fraldas, a troca pode ser complicada quando realizada no banheiro do avião, que é pequeno. “Às vezes, vale a pena pedir ajuda para comissária. Trocar no assento é falta de educação com os outros passageiros. Ninguém é obrigado a sentir cheiro do cocô do seu filho.”
Um incômodo comum em viagens aéreas é a dor provocada pela pressão nos ouvidos, que pode ser prevenida em bebês e crianças adotando-se medidas simples. “Uma boa dica para evitar o problema em bebês é dar o peito, a mamadeira ou mesmo a chupeta nesses momentos. Crianças maiores podem mascar chiclete.”
Segurança
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), bebês menores de dois anos, em geral, não pagam passagem, mas algumas companhias aéreas cobram uma taxa de 10% sobre o valor do bilhete. Eles podem ser transportados de dois modos: no colo dos pais ou no bebê conforto, disponibilizado pelas empresas, mediante solicitação prévia.
Carrinhos de bebê podem ser colocados no compartimento de carga do avião. Eles são devolvidos no momento do desembarque.
Crianças até 12 anos incompletos devem apresentar documento que comprove a filiação ou parentesco, certidão de nascimento original ou cópia autenticada, além do passaporte, no caso das viagens internacionais.
Passageiros entre 12 e 18 anos incompletos necessitam apenas da certidão de nascimento ou documento de identidade. Nenhuma criança pode viajar desacompanhada sem autorização judicial. Em viagens internacionais com apenas um dos pais, é necessário apresentar a autorização do outro
Entretenimento
Algumas aeronaves costumam ter televisões com opções de filmes infantis, mas isso não é uma regra. Na dúvida, melhor garantir um pequeno arsenal de diversões que possa entreter as crianças durante a viagem.
A psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano diz que, além dos tablets, celulares e jogos eletrônicos, livros e brincadeiras tradicionais podem ser uma alternativa eficaz.
“Livros de histórias com ilustrações agradam muito, mesmo que a criança ainda não saiba ler, o adulto pode contar a história para ela. Em qualquer brincadeira, aliás, a interação com os pais pode tornar a atividade mais interessante.”
Como as crianças costumam ter pouco tempo de atenção, a psicóloga indica ter várias opções de atividades na manga. “As mesinhas dobráveis do avião podem se transformar em pequenas escrivaninhas para desenhos, pinturas e revistas de passatempos.”
Jogos com poucas peças também são uma boa pedida, assim como brincadeiras como “stop”, jogo da velha e forca. “É sempre bom levar a boneca ou o bichinho favorito do filho também.”
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