Uso de antidepressivos na gravidez aumenta risco de autismo, diz estudo

Um novo estudo, publicado no periódico científico americano “JAMA Pediatrics”, apontou evidências de que o uso de antidepressivos como Prozac, Zoloft e Paxil durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez pode aumentar as chances de o bebê nascer com algum tipo de autismo.
Os chamados inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs, na sigla em inglês) são alguns dos antidepressivos mais prescritos pelos médicos para equilibrar a química cerebral de mulheres que enfrentam a depressão durante a gravidez.
O estudo analisou registros médicos da cidade de Quebec, no Canadá, entre janeiro de 1999 e dezembro de 2009, para procurar crianças diagnosticadas com autismo e verificou quantas delas haviam sido expostas a antidepressivos ainda no útero.
Os pesquisadores não encontraram relação entre a ocorrência do transtorno e o uso da medicação pelas grávidas no primeiro trimestre de gestação. Porém, descobriram um risco 87% maior de o problema acontecer se a gestante tomasse os medicamentos no segundo ou no terceiro trimestre. Acredita-se que a explicação para o fenômeno esteja ligada ao impacto da serotonina no cérebro do feto em desenvolvimento.
O uso de antidepressivos em mulheres grávidas ainda é um assunto controverso. Outros estudos já demonstraram que a droga Paxil pode gerar malformações no bebê.
Contudo, apesar dos resultados preocupantes, muitos médicos alegam que a depressão durante a gestação pode levar à mulher a se alimentar mal e a evitar o tratamento médico, o que pode ser mais danoso ao feto do que as drogas.
Novos estudos devem ser realizados para verificar se outros fatores --como estilo de vida, tabagismo e obesidade-- podem favorecer o surgimento do transtorno nos filhos das gestantes que usam esse tipo de medicamento.
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