Estudo aponta que inovação e religião não andam juntas
Países mais religiosos tendem a ser menos inovadores, segundo um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
A conclusão foi feita a partir de dados de cinco edições da WVS (World Values Survey), pesquisa global realizada em cerca de 100 países, que explora os valores e crenças dos indivíduos, como eles mudam ao longo do tempo e qual é o impacto social e político que possuem.
Segundo a publicação inglesa “The Economist”, em 2005, um dos anos avaliados, o Brasil apresentou menos patentes registradas que Irã e Rússia, por exemplo. Ao mesmo tempo, mostrou um nível de religiosidade maior do que os países citados.
Onze indicadores a favor da inovação --como atitudes em relação à ciência e tecnologia--, foram cruzados com cinco medidas religiosas, envolvendo crenças e frequência em cultos, além de outros fatores sociodemográficos.
De acordo com os autores, a pesquisa não pretende provar que a fé seja responsável por um déficit de inovação. No entanto, concluíram que "a religiosidade está uniformemente e de forma significativa associada a visões desfavoráveis ao progresso científico".
Porém, o estudo deixa claro que, se a religião diminui o desenvolvimento tecnológico, não significa necessariamente que isso seja ruim para o crescimento econômico. Afinal de contas, a fé poderia oferecer outros benefícios, tais como a coesão social.
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