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Laser ou fotodepilação? Escolha a técnica mais adequada para você

Conheça os melhores métodos de depilação definitiva para você - iStock
Conheça os melhores métodos de depilação definitiva para você Imagem: iStock

Isabela Leal e Simone Serpa

Do UOL, em São Paulo

05/05/2015 11h47

Livrar-se definitivamente dos pelos indesejados é o sonho de homens e mulheres. A fotodepilação e o laser, por exemplo, são dois métodos que existem no mercado e que prometem resolver o problema.  Conheça mais sobre eles e saiba qual é o mais indicado no seu caso.

A diferença está na luz
No laser a luz é focada, com um único comprimento de onda. Já na fotodepilação ela é dispersa e pulsada, um tipo de luz com diferentes comprimentos de onda. Os dois métodos possuem a mesma eficácia quando usados na potência certa, é o que garante Juliana Jordão, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, especializada em Laserterapia e Fotodermatologia. A especialista destaca que frequentemente a fotodepilação era feita com equipamentos de baixa potência e assim ganhou fama de ineficiente, mas isso não é verdade. Já Valéria Campos, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, acredita que, por ter uma luz mais focada, o laser promove uma remoção mais eficiente dos pelos.

Como agem
Ao penetrar na pele, a luz é atraída pelo pigmento que dá cor ao pelo, a melanina do folículo piloso --onde é produzido o fio--, e o destrói. É fundamental que a destruição atinja o folículo na zona de Bulge, onde ficam as células-tronco responsáveis pelos ciclos de crescimento capilar. “Só assim a depilação será realmente definitiva”, diz Valéria Marcondes, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para quem é mais indicado
As mais beneficiadas são pessoas com pele clara, pelos grossos e escuros. Quanto mais escuro for o fio, mais ele atrai a luz do aparelho. Exatamente em função da pouca pigmentação, o inverso ocorre com os fios loiros, brancos e ruivos. “Não existe no mercado equipamento capaz de removê-los”, garante Juliana.

A pigmentação das peles morenas ou bronzeadas também atrai a onda de luz, por isso elas estão mais sujeitas a queimaduras ou manchas. Nesses casos, os especialistas recomendam cuidados prévios, como aplicação de cremes clareadores na região, potências mais baixas nos aparelhos e resfriamento do local durante a depilação.

Número de sessões
Axilas e virilha são as regiões em que mais comumente se realizam os procedimentos de depilação definitiva. Em geral cada uma dessas partes demanda cinco sessões com duração de cinco e 15 minutos, para atingir o objetivo. Pernas e coxas exigem de seis a oito sessões que levam entre 20 e 30 minutos. E a barba masculina precisa passar por dez sessões, normalmente de 15 a 20 minutos cada. “Independentemente do local, o intervalo entre as sessões é de um mês, para que haja tempo para os pelos crescerem”. 

Nem sempre definitivos
A duração dos efeitos prometidos pelas duas técnicas divide opiniões. Para Valéria Campos, quando bem feito, o laser é definitivo; enquanto a fotodepilação dura alguns meses. Para Juliana Jordão, tudo depende do aparelho: se usados equipamentos de alta potência os resultados serão os mesmos nos dois métodos, mas ela alerta que em ambos os casos a redução atinge em geral 80% dos fios, os outros 20% permanecem.

Acontece, depois de um ou dois anos, ser necessário fazer manutenção -- isso porque nem todos os pelos estão na fase ideal de eliminação e assim podem vir a crescer de novo. “Mas essa necessidade é variável, depende do paciente”, diz Juliana Jordão. Ela acrescenta que muitas vezes novos pelos aparecem, não por uma falha dos métodos, mas por alterações hormonais.           

Prós e contras de cada um
A dor é um diferencial entre os dois procedimentos. Os primeiros equipamentos de laser eram bem doloridos. Hoje existem mecanismos que aliviam a sensação de dor: os aparelhos vêm equipados com vento de ar frio ou processo de sucção. O processo de luz intensa e pulsada da fotodepilação possibilita sessões mais rápidas e menos dolorosas ou até mesmo indolores.  O laser, em contrapartida, segundo Valéria Marcondes, é mais eficiente, exigindo menor número de sessões.

Riscos existem
Possibilidades de queimaduras, manchas temporárias ou cicatrizes definitivas são reais, especialmente se as técnicas forem mal aplicadas sobre peles morenas ou bronzeadas. Valéria Campos alerta ainda para o risco de aumento de pelos nas áreas tratadas. Segundo ela, equipamentos de luz pulsada usados em potências baixas acabam estimulando as células-tronco do folículo, ao invés de exterminá-las. Se a potência for intermediária, ela provoca o nascimento de pelos mais finos e claros, dificultando a resposta ao tratamento.

Cuidados antes e depois
O dermatologista deve fazer uma avaliação da pele e das condições hormonais antes dos procedimentos. Peles morenas passam por clareamento antes das sessões e a dermatologista Valéria Campos recomenda uma massagem delicada com bucha vegetal contra pelos encravados. Quem tem herpes deve tomar medicamento preventivo; os bronzeados precisam esperar o efeito passar por completo.

Depois de cada sessão, recomenda-se o uso pomadas calmantes para reduzir a vermelhidão e que se evite a exposição ao sol. Para procedimentos no buço, protetor solar irá prevenir possíveis manchas.