Indução do trabalho de parto não eleva número de cesáreas
A indução do trabalho de parto não é, em geral, bem aceita em gestações a termo normais —duração saudável e esperada para o período gestacional, que compreende entre a 39ª e a 41ª semana. Entretanto, um estudo recente sugere que o procedimento não resulta em danos aparentes e talvez seja benéfico.
Pesquisadores reuniram dados de cinco experimentos randomizados envolvendo 884 gestantes, que deram à luz uma única criança em partos a termo e sem complicações de gestações de 39 a 41 semanas. Metade teve o parto induzido, e a outra metade recebeu os cuidados de rotina. A análise foi publicada no periódico "The American Journal of Obstetrics & Gynecology".
Estudos observacionais anteriores concluíram que a indução resultava em mais cirurgias cesarianas. Entretanto, os dados obtidos pela pesquisa atual não comprovam essa afirmação.
Além disso, no quinto minuto de vida, os grupos não apresentaram mais ou menos pontuações inferiores a sete no Índice de Apgar (os números menores do que sete exigem atenção médica). A indução também interferiu nas internações em unidades de tratamento intensivo neonatal.
Os pesquisadores ainda descobriram que a indução estava associada à perda de sangue significativamente inferior das gestantes.
"Os dados preliminares afirmam que o que pensávamos sobre a indução (que resultava em mais cesarianas) estava errado", afirmou o médico Vincenzo Berghella, professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade Thomas Jefferson, na Philadelphia.
As induções antes da 39ª semana não são recomendadas nas gestações normais, afirmou Berghella. Todavia, "a indução é segura e eficiente, mesmo nos casos de gestações sem complicações".
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