Férias e feriados: cuide dos bichos de estimação durante longas ausências

Se você tem um animal de estimação e vai se ausentar de casa por uns dias, vai precisar de um cuidador ou um local adequado para hospedá-lo. E o primeiro passo para manter a saúde e evitar que os cães e gatos sofram é respeitar o limite do seu amigão: cachorros suportam razoavelmente bem a falta do dono por até 45 dias, mas os bichanos não são tão independentes, sentindo com mais rapidez à ausência. No entanto, essas expectativas variam de indivíduo para indivíduo, como afirma a veterinária Andressa Gontijo. Além disso, quanto menos a rotina do pet for alterada, menos traumática é a separação temporária.
Uma opção é pedir a ajuda de amigos, familiares, de um vizinho, do zelador ou da faxineira para cuidar, diariamente, seja do papagaio ou do cãozinho. Essa é uma boa alternativa, pois diminui o estresse do animal, que se mantém em seu próprio ambiente e com pessoas queridas e conhecidas. Se o cuidador da vez topar enfrentar a responsabilidade, explique os hábitos do seu pet, indique o local onde a comida está armazenada e deixe quantidade suficiente para alimentar o bicho durante todo o período. Crie um manual (verbal ou escrito) que trate da frequência e do montante das porções, bem como do local de evacuação das fezes e da urina e da higiene corriqueira deste espaço. Fale sobre eventuais medicamentos, providencie o abastecimento "da farmacinha" e anote doses e horários de administração. Também instrua o cuidador se e onde o bicho deve passear e informe se ele estranha outros animais e pessoas. Por precaução, deixe o contato do veterinário à mão.
Se o seu animalzinho de estimação for um pássaro, o trabalho se resume a alimentar, trocar a água e higienizar a gaiola. E se o bicho foi um peixe, a manutenção pode ser (até) autossuficiente: basta limpar o aquário antes da partida e instalar um alimentador automático que administrará as porções de ração por até 30 dias. Mas atenção! Teste o apetrecho antes de usá-lo definitivamente e evite acidentes.

Neste serviço, o animal se hospeda na casa do cuidador e são exigidos pré-requisitos: o pet deve ser manso e estar com a vacinação, os vermífugos e o antipulgas em dia. O alojamento é estudado para melhor receber o hóspede, são analisados, por exemplo, o porte do animal e da residência que irá abrigá-lo: "Se é um cachorro grande indicamos uma casa, se o cão é menor, pode ficar um apartamento", explica Gontijo.
Também na modalidade, é recomendável que o proprietário do futuro hóspede visite o local antes de contratar o serviço. "Veja como é o lugar: se é higiênico, seguro, qual o tipo de piso e se há outros animais e se são saudáveis, vacinados e vermifugados", alerta Ungar. Se tudo estiver certo, faça a "mala" do pet e, além dos itens já citados, providencie objetos "pessoais" como brinquedos e caminha.
Quem prefere contar com uma infraestrutura focada na recepção de animais pode optar por um hotel. Há, porém, ressalvas: os estabelecimentos não recebem filhotes com menos de cinco meses e parte das empresas só aceitam hóspedes castrados. Quando não-castrados são admitidos, há o cuidado de separar as fêmeas no cio, a fim de evitar cruzamentos indesejados. É de praxe, também, que o futuro hóspede passe por uma triagem - normalmente - realizada uma semana antes da entrada no hotel. A avaliação buscar certificar o bom estado de saúde e se o animal fica bem sem a presença do dono. Fora isso, as recomendações sobre o "manual da rotina" valem para esta modalidade.
"A vantagem de um hotel é que o animal fica o dia todo solto", diz Renata Gomes Pereira, dona do Pet Hotel Dog Life. Com custos de "gente", os hoteizinhos para bichos podem dispor de serviços "vips" como a câmera que acompanha o pet 24 horas, ao vivo, além de fornecer suporte veterinário. A alimentação pode ou não estar inclusa no valor da diária e é feita individualmente. O proprietário do bicho pode, ainda, indicar os costumes do hóspede, como alimentação natural.
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