Vinagre branco substitui amaciante na roupa do bebê; veja mais dicas
É preciso lavar todo o enxoval do bebê antes do primeiro uso. O cuidado é essencial para evitar que a poeira acumulada ou outro tipo de sujeira desencadeie alergias. “A pele do recém-nascido é mais delicada do que a do adulto, por isso exige atenção”, diz Kerstin Abbage, pediatra, dermatologista e presidente do Departamento de Dermatologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
Na primeira lavagem, o excesso de gomas e produtos utilizados no tingimento dos fios é eliminado. “Deixe o que for do bebê separado dos itens do resto da família tanto na lavagem quanto na armazenagem”, fala a personal organizer e "baby planner" (consultora para gestantes e mães) Andressa Isola. “O procedimento serve para evitar contato com sujeira, suor, bactérias, perfumes e outros tipos de resíduos dos adultos, que podem fazer mal para a criança”, afirma Kerstin.
Escolha do sabão e do amaciante
Durante muito tempo, o sabão de coco foi o mais indicado pelos pediatras para fazer a limpeza das roupas infantis, pois era considerado menos agressivo do que um sabão comum. Atualmente, para a pediatra Kerstin, há alternativas. "O sabão líquido neutro é o mais parecido com o pH da pele e pode substituir o de coco. Mas os produtos ditos infantis nem sempre são neutros, por isso é preciso ficar atento ao rótulo”, declara a especialista.
Também é importante que os tecidos em contato com a pele do bebê estejam macios para não arranhar ou machucar, por isso alguns pais não querem abrir mão do amaciante. Segundo Ciro Giaccio, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, os amaciantes reduzem a capacidade de absorção dos tecidos, o que não é ideal para lavar fraldas de pano ou toalhas, por exemplo.
“O uso de amaciantes não é encorajado por muitos pediatras, mas o vinagre branco pode ser usado como opção para deixar os fios mais macios”, diz Giaccio.
Quando utilizado durante o processo de lavagem da máquina, o vinagre branco sai bem mais barato, é ecologicamente correto e não afeta a absorção dos tecidos. Mas atenção: não aplique durante a centrifugação para não deixar cheiro.
“Desde que o produto seja dermatologicamente testado, não possua corantes e tenha um perfume suave, é possível usar amaciante sem restrição”, afirma Kerstin. Porém poucas marcas passam por testes direcionados à faixa etária pediátrica, e a maioria ainda tem perfumes acentuados e corantes.
Como tirar manchas?
O uso de alvejante não é recomendado para tirar manchas, mas o sabão de coco ou o sabão líquido neutro pode ser eficiente. Basta aplicar na peça ainda seca e deixar de molho em água quente por alguns minutos, para lavar posteriormente. “É melhor evitar, mas, se quiser usar alvejante, prefira os sem cloro”, fala Giaccio.
Secagem
A máquina de secar e o ferro tradicional são boas opções. “Eles ajudam a destruir possíveis micro-organismos que tenham sobrevivido à lavagem”, declara Ciro Giaccio, pediatra do Santa Joana.
Algumas peças são mais delicadas, como as de linha e de seda, por isso devem ser secas na sombra e não podem ser penduradas no varal para não sofrerem deformação. Mas o restante seca-se ao sol, normalmente.
“Só oriento o cuidado com a máquina de secar, pois algumas peças podem encolher se a temperatura for muito elevada. É importante seguir a orientação das etiquetas e não deixar as roupas secas muito tempo no varal para não juntar pó ou outra sujeira”, diz a "baby planner" Carol Baldin.
Tipos de tecido e armazenamento
Roupas para o dia a dia do bebê feitas de malha não precisam de cuidados especiais na hora de lavar ou de secar. “Mas se tiver estampa indico passar do lado avesso para não danificar os detalhes do desenho”, fala a "baby planner" Andressa.
Tudo o que tiver bordados deve ser lavado à mão, com cuidado, e o enxague e a centrifugação podem ser feitos na máquina de lavar, dentro de sacos protetores (na ausência dos produtos próprios para esse fim, é possível usar fronhas de travesseiro). Já linho, lã, linha e seda podem ser lavados à maquina, mas é preciso manter o uso dos sacos protetores e escolher o ciclo para roupas delicadas.
Depois de limpos, secos e passados, o que for de uso imediato deve ser guardado diretamente nas gavetas de fácil acesso, armários ou cômodas. O que for de uso futuro ou esporádico pode ser armazenado em sacos de TNT, tule ou organza, para que fique bem protegido. “Nunca guarde nada em plásticos, pois as roupas não respiram”, fala Andressa.
Cuidado redobrado
Como as roupas das mães ficam quase o dia todo em contato com a pele do bebê, é melhor considerar produtos seguros para lavar as peças delas também. “Dê preferência para os produtos dermatologicamente testados, mas também evite perfumes e amaciantes em excesso”, diz o pediatra Ciro Giaccio.
Para Márcia Kuriki Borges, supervisora da equipe de enfermagem da maternidade do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, também de São Paulo, outra dica é ter sempre por perto uma fralda de pano limpa para proteger o rosto do bebê do contato com a roupa dos adultos.
“É um cuidado que os pais podem tomar desde o primeiro dia de vida do recém-nascido, ainda dentro do quarto da maternidade, quando, normalmente, recebem visitas e todo mundo quer segurar a criança no colo”, diz Márcia.
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