Plante bananeiras em casa e tenha fruta fresca e clima tropical
A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo e é rica em carboidratos, potássio e vitaminas A e C. A maior parte das variedades é originaria do sudoeste asiático e derivam, basicamente, de duas espécies Musa acuminata Colla e Musa balbisiana Colla. Os cultivares mais conhecidos são comestíveis, mas existem plantas que podem ser utilizadas na ornamentação de jardins e dar frutos impróprios para o consumo humano. No Brasil, dentre as comíveis destacam-se a banana nanica, a prata, a ouro, a maçã e a banana da terra.
Cultivo
Em geral, a época ideal para o plantio das bananeiras é o início das chuvas, em períodos mais quentes do ano. Tais plantas desenvolvem-se bem em uma faixa de temperatura entre 15° C e 35° C e não gostam de geadas nem tempo frio, que 'paralisam' suas atividades. As bananeiras gostam de sol sem excessos, mas também se desenvolvem bem à meia sombra, porém o tempo para a produção do cacho aumenta.
Com relação às regas, os pés de banana precisam de água, mas não de solos encharcados. Assim a terra deve ser rica em matéria orgânica, estar constantemente úmida, mas o substrato precisa ser bem drenável para preservar as raízes do apodrecimento. Todavia, se ocorrer falta d'água a planta limita seu crescimento em todas as fases de desenvolvimento.
Bananeiras no jardim
As espécies mais indicadas para cultivo em jardins são as de pequeno porte, como a nanica, com altura entre 1,5 e dois metros, e a prata anã que atinge de dois a 3,5 m. Esses pés mais baixos facilitam a colheita dos cachos, a eliminação de folhas velhas e doentes (com manchas amarelas e negras) e não tombam com o vento forte.
As espécies de banana diferem entre si basicamente no porte, cor, formato e tamanho do fruto, inflorescências e número de cachos e de folhas, mas todas são constituídas de raízes, rizoma (caule verdadeiro enterrado), pseudocaule (estrutura formada pela bainha das folhas, como um tronco), folhagem e o cacho propriamente dito.
Quando as frutas amadurecem as estruturas começam a secar e o exemplar morre. Para perpetuar a espécie, a muda mãe emite de quatro a seis brotos, em media, com ciclo de produção de 12 a 14 meses – do florescimento até a colheita são necessários de 90 a 100 dias, dependendo da estação do ano. Conforme a necessidade, os brotos excedentes podem ser cortados, sendo mantido apenas um para o replantio.
Banana dá em vaso?
Até dá, mas a morte do broto deve ser levada em conta ao se plantar espécies comestíveis em vasos, pois a bananeira demanda de espaço para que as raízes da planta mãe se desenvolvam e para que os novos brotos possam nascer e se desenvolver. Em geral, as raízes encontram-se entre 20 e 40 cm de profundidade, portanto vasos com no mínimo 75 cm de altura são os mais indicados. Aliás, durante o plantio em canteiros, esse limite de solo não deve apresentar qualquer impedimento, como pedras ou solo endurecido.
No entanto, algumas raízes podem ocupar cerca de dois metros da área lateral da muda e, é claro, que em vasos tal crescimento é limitado, por isso é importante prever uma boa área de diâmetro do recipiente. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vem estudando o cultivo em vasos de bananeiras ornamentais, mas, por enquanto, não há dados disponíveis, pois os estudos estão em andamento.
Doenças e pragas
É sobre as nanicas e a prata anã que recai a principal doença fúngica foliar das bananeiras: a Sigatoka (negra ou amarela) que diminui a área fotossintética e reduz a produção e o tamanho dos frutos. Existem fungicidas registrados para o combate, mas só podem ser indicados por um engenheiro agrônomo, portanto se você quer comer banana de seu jardim o melhor mesmo é conviver com essa doença que não afeta as outras plantas nem faz mal ao homem. Todavia, existem cultivares tolerantes que só podem ser obtidos de laboratórios ou produtores especializados.
Alguns fungos também provocam o chamado mal-do-Panamá, que ataca variedades altamente suscetíveis, como a banana maça e a Musa coccinea, espécie ornamental. Os exemplares infectados apresentam amarelecimento progressivo das folhas, com murcha e quebra posteriores. Se a infecção atinge o pé de banana maçã, a perda da produção é total. Além dessas doenças as bananeiras também são atacadas por pragas como tripes, que danificam a casca dos frutos, e a broca do rizoma ou moleque da bananeira, que ataca o rizoma e pode matar a planta.
Fontes: Dra. Ana Lucia Borges, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas (BA); Dr. Erval Rafael Damatto Junior, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Dra. Janay Almeida dos Santos Serejo, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas (BA).
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