Você se preocupa com a opinião dos outros? Teste-se

Pedir a opinião de alguém sobre um conflito, um problema ou uma decisão importante pode ser esclarecedor, pois ajuda a encarar a questão sob um ângulo diferente. Às vezes, até um palpite não solicitado tem sua utilidade, porque nos leva a refletir.
Todo mundo dá alguma importância à opinião alheia: uns mais e outros, menos. Há pessoas que valorizam tanto o que os outros pensam que acabam se tornando reféns dos pontos de vista alheios, o que paralisa o poder de tomar decisões e inibe a realização de desejos.
Se você faz parte do time que sente que está perdendo o controle sobre a própria vida por se importar demais com julgamentos, entenda o que faz você se sentir assim para poder mudar isso.
O modo de reagir aos palpites de amigos, parentes e colegas está ligado à personalidade, é claro. "Indivíduos tímidos, introvertidos e inseguros costumam ser mais influenciáveis e têm maior necessidade de aceitação. Ao se direcionarem por aquilo que dizem os outros, se sentem mais confiantes", afirma o psiquiatra Joel Rennó, da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Para o médico, no entanto, é o medo do conflito que faz com que algumas pessoas sigam a opinião dos outros –às vezes, até de quem não gostam ou não têm afinidade. "Existem momentos em que bancar a "Maria vai com as outras" pode ser mais interessante do que nadar contra a corrente. A questão se complica quando acatar decisões de um grupo significa ir contra os próprios princípios ou quando o comportamento se torna constante", diz.
Desejo de responsabilizar o outro
Também é por receio das consequências que muita gente acata os palpites: se a decisão for uma roubada, a culpa será de fulano que deu a sugestão. É uma maneira torta de não assumir responsabilidades.
"Quem age assim é perfeccionista e não se permite errar. Dessa forma, quem erra é o outro. No fundo, são pessoas com baixa autoestima que não acreditam no poder que têm, então o colocam nas mãos alheias", comenta Renata Maransaldi, psicóloga da Associação Viver Bem e do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Controle do Impulso do IPq HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo).
Não liga ou finge que não liga para opiniões?
"Quando o palpite chatear, tente refletir sobre as dúvidas que você tem a respeito da decisão que pretende tomar. Às vezes, o que o outro aponta é justamente aquilo que está lhe incomodando e você se irrita porque não quer enxergar isso, e muito menos que o façam em seu lugar", conta a psicóloga Marta Rita Leopoldo,
A psicóloga, que é especialista em neuropsicologia, aconselha a exercitar a flexibilidade. "E daí se sua mãe ou seu colega de trabalho têm mesmo razão? Às vezes, ceder é a atitude mais sensata".
Na contramão, aqueles que rechaçam toda e qualquer opinião são egocêntricos e se acham onipotentes. E também costumam ser pessoas inflexíveis e avessas às críticas, o que as tornam de difícil convívio, principalmente em ambientes profissionais. Equilíbrio é a palavra de ordem.
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