Tecnologia permite instalação de lareiras em diversos ambientes
Foi-se o tempo em que para ter uma lareira era preciso quebrar a parede ou prever a instalação do equipamento durante a obra. Compactos e versáteis, os novos sistemas disponíveis no mercado possibilitam que qualquer ambiente possa ser aquecido por uma lareira.
As mais práticas são as abastecidas por biofluido (desenvolvido especialmente para esse tipo de uso) ou por álcool etílico (92,8 o), que são ecológicos e não emitem fumaça com resíduos. Formados pelo queimador (alma da lareira) que é a caixa em inox onde se insere o combustível, esses modelos não exigem duto de ventilação - uma vez que a chama é contínua e emite calor moderado -, são de fácil instalação e oferecem grande mobilidade.
Já os modelos a gás (GLP ou natural) possuem as vantagens de eliminar a necessidade de armazenamento de lenha, não produzir cinzas e permitir a regulagem da chama. Compostos por uma caixa em inox, podem ser instalados no espaço dedicado à lareira tradicional ou em um nicho revestido por tijolo refratário. "Funcionando de modo semelhante a um fogão, conta com chamas emitidas por queimadores", explica a arquiteta Leandra Furtimi.
Estática, esta variedade pode vir com lenhos artificiais e requer tubulação de cobre desde o ponto de captação do gás até o local onde será instalada. Em geral, as lareiras a gás necessitam de dutos de respiro. Por segurança, as arquitetas Adriana Agostinho e Claudia Schneider recomendam que o registro seja específico para o sistema, que deve respeitar as normas da ABNT para evitar riscos de vazamento. Também para evitar acidentes, prefira as que vêm com “sensor de chama”, um dispositivo que corta o fornecimento de gás quando a chama se apaga.
Sem a presença do fogo, as lareiras elétricas são opções mais tecnológicas que podem vir com chama 3D. O produto funciona como um aquecedor, liberando o ar quente, e exige ponto de elétrica exclusivo e dimensionado para sua alimentação. De acordo com Furtimi, tais versões são eficiente porque "não há perda de calor ou entrada de frio".
Segurança à moda antiga
Para quem deseja e conta com um espaço com os quesitos necessários para a saída da fumaça, ainda é possível ter uma lareira convencional a lenha. O mercado dispõe de kits pré-fabricados de concreto, tijolos refratários ou metálicos, que são projetados para evitar que a fumaça se espalhe pela casa. No entanto, além de exigir a construção de um corpo adequado, a lareira a lenha carece de um duto para a saída de gases. E, caso essa saída não exista, a instalação tende a ser inviabilizada.
Para qualquer um dos sistemas escolhidos, "fique atento ao tamanho do ambiente para que o dimensionamento dos equipamentos, que é variável, seja correto", ressalta a arquiteta Cristina Menezes. Lembre-se de sempre "respeitar as normas de segurança indicadas pelos fabricantes, independente do tipo de lareira a ser instalada", ensina o arquiteto Raphael Ferrari Wittmann.
Também não é recomendável deixar materiais inflamáveis próximos ao equipamento e a observação de acessórios e distâncias de segurança é imprescindível. Existem telas protetoras para as lareiras a lenha, que evitam que a chama ou as brasas salpiquem para o piso ou o tapete. Para os outros sistema, há protetores de vidro. Não deixe de instalá-los.
Decoração
Os modelos mais modernos compostos por caixas metálicas são fáceis de serem adequados a diferentes estilos de decoração e arquitetura. Muitos vêm com recipientes envidraçados, que podem ter base de madeira ou de outros materiais e serem apoiados ou embutidos em uma mesa de centro, por exemplo. Também é possível acoplar as lareiras a nichos que lembram os equipamentos mais tradicionais, mas cuja estrutura pode ser apenas pintada ou acabada com madeira e mármores, entre outros.
Para os que gostam de novidade, há modelos metálicos suspensos e de parede, com design limpo e contemporâneo, além dos exemplares portáteis e das piras que são muito versáteis, pois são transportados facilmente a qualquer lugar. Porém é importante atentar que as lareiras pré-fabricadas exigem revestimento para que o aspecto final seja agradável. As possibilidades de acabamento são diversas como pastilhas, pedras, mármore ao cimento queimado e, por isso, é relativamente fácil adequá-las à decoração já existente.
Para não errar, ressalta Wittmann, insira a lareira de forma coerente com o estilo dos outros revestimentos e mobiliários do ambiente. E para que o resultado seja um espaço aconchegante, "o layout deve considerar a lareira como elemento de composição da sala, criando um estar ao seu redor", destaca o arquiteto Maurício Karam.
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