Topo

Empresas não valorizam o estilo de liderança das mulheres, segundo estudo

DE SÃO PAULO

Folha de S. Paulo

27/06/2013 16h23

O estilo de liderança feminino não é valorizado pela maioria das grandes corporações brasileiras. A consequência, segundo pesquisa, é que por esse motivo, poucas mulheres conseguem ocupar os cargos mais altos. O estudo divulgado pela consultoria de negócios Bain & Company, mostrou que só 4% delas conseguiram se tornar presidentes.

Foi possível verificar no levantamento, que feito com 250 companhias do país, que só 14% dos gerentes executivos são mulheres. Entre os motivos apontados pelos entrevistados, está a diferença na maneira de comandar.

Enquanto os homens têm as características de solucionar problemas e influenciar os empregados, elas seriam melhores para apoiar e trabalhar com "coaching", o que não é primordial, segundo os pesquisados.

Os executivos preferem indicar ou promover pessoas que tenham um estilo semelhante (88%) e algumas equipes não valorizam as diferentes perspectivas que as mulheres têm sobre o trabalho (70%).

O equilíbrio entre a vida no trabalho e em casa também é um obstáculo. Na maioria dos casos, as trabalhadoras abrem mão de promoções para conseguir harmonizar o estilo de vida (66%), a carreira avança mais devagar devido aos desafios para conciliar os compromissos profissionais e familiares (55%).

De acordo com o estudo, mais da metade das profissionais preferem dar prioridade à família (55%). O estudo foi feito com 514 pessoas, sendo que 42% dos pesquisados ocupam cargos de gerência sênior ou executiva.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, é uma das poucas mulheres no comando