Estudo diz que sacola plástica é eficiente para aquecer prematuros
Alguns recém-nascidos muito prematuros são envolvidos em filme plástico esterilizado nos Estados Unidos como forma de evitar uma redução perigosa de temperatura de seus corpos. Um estudo sobre recém-nascidos da Zâmbia, na África, agora sugere que essa técnica pode ser reproduzida de forma barata e eficiente nos países pobres com o uso de sacolas plásticas comuns.
"São sacolas normais, parecidas com as de supermercado", afirmou Waldemar A. Carlo, um dos autores do estudo e médico neonatal da Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos. "Nós as compramos por apenas dois centavos de dólar cada. Isso é o melhor de tudo."
A pele do recém-nascido prematuro é muito fina e a água evapora rapidamente, o que pode resultar em perda de calor potencialmente mortal, principalmente em países pobres nos quais o aquecimento das alas neonatais pode não funcionar de forma estável.
No hospital de Lusaka, na Zâmbia, onde o estudo foi realizado, a temperatura média das alas de parto era de 26,5 °C, afirmou Carlo, mas oscilava quando os aquecedores eram movimentados e as janelas abertas.
Os recém-nascidos eram colocados junto ao peito da mãe logo após o nascimento na posição típica do Método Canguru —que consiste no contato pele contra pele entre mãe e bebê. A técnica, porém, nem sempre é suficiente para aquecer uma criança. Além disso, em situações nas quais o recém-nascido precisava ser separado da mãe —para ser pesado ou observado e também quando a mãe dormia ou precisava ser medicada—, a sacola plástica, dentro da qual eles eram colocados antes de serem envolvidos em um cobertor, foi mais eficiente para mantê-los aquecidos do que apenas o cobertor.
No estudo, publicado no periódico "Pediatrics", não ocorreram incidentes de superaquecimento ou erupções de pele pelo contato com a sacola.
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