Estudo diz que amamentação não reduz risco de obesidade

A amamentação é amplamente incentivada devido aos seus diversos efeitos positivos para a saúde, mas a alegação de que ela reduz o risco de obesidade na infância pode estar indo longe demais. Um estudo randomizado que acompanhou crianças até seus 11 anos de idade descobriu que, mesmo a longo prazo, o aleitamento materno exclusivo não tem efeito sobre a obesidade ou a baixa estatura na infância.
Os pesquisadores estudaram mais de 13.000 pares de mães e filhos que só usaram o leite materno para a alimentação em 31 maternidades de Belarus, em 1996 e 1997. Cerca de metade das mães foi vinculada a um programa de promoção de aleitamento materno desenvolvido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), enquanto o restante recebeu os cuidados habituais.
Em três meses, 43% das mulheres do programa da ONU estavam ainda exclusivamente amamentando, comparado a 6% no grupo controle. Em seis meses, os números foram de 7,8% para aquelas que estavam no programa e de 0,6% para as do grupo controle.
O estudo, publicado na semana passada no periódico "The Journal of the American Medical Association", não encontrou nenhum efeito significativo sobre o peso ou a altura das crianças. O índice de massa corporal, percentual de gordura corporal e a prevalência de obesidade ou excesso de peso foram ligeiramente superiores nas crianças amamentadas por períodos mais longos, mas a diferença foi estatisticamente insignificante.
"Há inúmeras boas razões para amamentar", disse a autora principal da pesquisa, a médica Emily Oken, professora associada de medicina populacional em Harvard, "e só porque não vimos nenhuma evidência para a obesidade não significa que as mulheres devam parar de amamentar".
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