Brinquedoteca: espaços são pensados para a diversão e aprendizado seguros
Um “cenário de aventuras ou de contos de fadas: colorido, criativo, acolhedor e seguro, muito seguro”. A definição do arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris talvez seja a mais correta para o que se espera de um quarto de brincar atual, projetado para a casa.
Conhecido também como brinquedoteca, este ambiente está tomando o lugar do velho "canto da bagunça" e é o sonho de consumo de pais e filhos, além de se apresentar como solução encontrada por muitas famílias para que as crianças tenham um espaço adequado para brincar, sem desorganizar a casa inteira.
Segundo Kílaris, os clientes que em geral solicitam uma brinquedoteca são famílias com crianças de até 10 anos. Nesse espaço, projetado de acordo com a faixa etária dos pequenos, os brinquedos ficam mais organizados, pois existe um lugar para cada coisa. "A criança aprende a brincar e depois guardar", defende a arquiteta Ludmila Grammount.
Minha brinquedoteca, meu reino
O mais importante é que o ambiente é pensado para a criança e quem “manda” ali é ela – mesmo que haja a orientação e a supervisão necessária dos adultos. "Como é um local dedicado à brincadeira, as mamães não ficam naquela tensão que não pode estragar isso ou aquilo, coisa que acontece no restante da casa", explica Grammount.
Mais lúdico e funcional que o canto de brinquedos, o novo espaço vem se confirmando nos projetos residências como um "ambiente muito importante para o desenvolvimento da criança", ressalta a arquiteta Brunete Fraccaroli, que ensina: "neste espaço, os pequenos devem encontrar todos os aparatos necessários para aprimorar diversas habilidades com total segurança e diversão", portanto brinquedos educativos devem estar presentes.
A designer de interiores Maria di Moura concorda com Fraccaroli sobre o papel educativo da brinquedoteca, e vai além, recomenda a introdução de um banheirinho - se possível – ou um local para lavar as mãos e trocar as fraldas, além de área que incentive a triagem do lixo e mesinhas para pequenas refeições.
Projeto da arquiteta Paula Andrade tem lousa inserida no mobiliário da brinquedoteca
Bonita e segura
Para Brunete Fraccaroli, a brinquedoteca deve ser colorida e muito atraente. No entanto, questões de segurança e conforto precisam ser priorizadas. O ideal é que a área tenha boa circulação, para que a criança possa brincar, mas também seja clara - com iluminação adequada - ventilada e com temperatura agradável.
A quantidade de objetos e móveis a serem dispostos dentro da brinquedoteca será determinada pelo espaço disponível. Mas, "armários e prateleiras para guardar e organizar os brinquedos são indispensáveis", afirma a arquiteta Paula Andrade, da ALN Arquitetos.
Bancada e lousa para explorar a criatividade e estudar também são importantes e, se houver espaço, um sofá (ou pufes e cadeirinhas), é recomendável. "O sofá é uma peça versátil que pode servir a um hóspede", destaca Andrade.
Porém, é fundamental que os móveis tenham medidas compatíveis com altura e a idade da criança que utilizará o ambiente. Grammount aconselha que o usuário mirim tenha certa autonomia para pegar um brinquedo, por exemplo, sem precisar subir em um banco, correndo o risco de se machucar.
Acabamentos adequados ao ritmo da criançada
Fraccaroli recomenda que esse espaço receba acabamentos resistentes ao desgaste, como tintas laváveis nas paredes e, talvez, um piso vinílico que não acumula poeira e é um bom amortecedor para quedas e impactos. Laminados e superfícies lisas, laváveis e com cantos arredondados são opções desejáveis.
“O ideal é projetar os móveis fixos com cores claras ou tons crus. Os matizes vivos devem ser aplicados aos objetos fáceis de serem trocados, como tapetes, almofadas e os próprios brinquedos das crianças, usados (também) como decoração. O importante é que o resultado final atenda as necessidades dos filhos e ofereça tranquilidade aos pais. Quando atingimos estas duas metas, temos a certeza do trabalho bem realizado”, pondera Kílaris.
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