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Sinais denunciam pessoas que mentem na internet; veja quais são

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Imagem: thinkstock

Do UOL, em São Paulo

16/02/2012 17h01

Se normalmente temos dificuldade em descobrir quando alguém está mentindo pessoalmente, na internet é ainda mais difícil. Pesquisadores da universidade de Wisconsin-Madison e também da faculdade de Cornell, nos Estados Unidos, publicaram recentemente um estudo sugerindo que podemos identificar, sim, mentirosos virtuais através de sinais linguísticos.

A pesquisa "What Lies Beneath: The Linguistic Traces of Deception in Online Dating Profiles", publicada na edição de fevereiro do "Journal of Communication", analisou as descrições pessoais dos perfis de sites de relacionamento para saber se os usuários estavam sendo sinceros. Para isso, 78 pessoas de quatro sites distintos tiveram suas alturas, pesos e idades comparadas com suas fotos e descrições dos perfis.

A análise linguística desse grupo revelou padrões de mentiras em suas versões virtuais, como:

O que eles e elas mentem

A pesquisa revela que uma das mentiras mais comuns em sites de relacionamento tem a ver com o peso. As mulheres tendem a diminuir, em média, quatro quilos em relação ao que realmente têm, enquanto os homens tiram um pouco mais de meio quilo.

Entre outras mentiras, metade dos participantes alterou a altura real e cerca de 20% disseram ter uma idade diferente do que realmente têm. Para ler o estudo completo, em inglês, clique aqui.


- Perfis mentirosos geralmente usam palavras de negação nas descrições. Por exemplo: em vez de dizer que está "feliz", acaba dizendo que "não está triste".

- Quanto mais mentiroso for o perfil, menor a chance de ser usado o pronome "eu". De acordo com o estudo, os usuários querem se distanciar de suas declarações enganosas.

- As descrições dos perfis tendem a ser curtas e vagas, uma forma de evitar uma rede de dados falsos. Quanto menos escrevem, menos mentiras precisarão lembrar e explicar depois.

- Se mentem sobre sua forma física, a pesquisa identificou que os usuários evitam tocar no assunto (como alimentação ou detalhes sobre o corpo) e compensam a mentira estimulando outros assuntos, como o trabalho, por exemplo.

Com os padrões descobertos, os pesquisadores conseguiram identificar que os usuários mentiam 65% das vezes, número significativo comparado ao de uma pessoa comum, que, de acordo com estudos anteriores, fica abaixo de 50%.