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Com clima informal e descontos altos, bazares são 'caça ao tesouro' para consumidores pacientes

RENATA EMMER<br>Colaboração para o UOL

22/11/2011 13h55Atualizada em 11/12/2014 13h24

Roupas amontoadas, pessoas desesperadas e muita bagunça. Esta é mais ou menos a primeira imagem que vem à mente quando o assunto é compra em bazar. O que para alguns parece ser a visão do inferno, no entanto, acaba se transformando em uma caça ao tesouro para os mais pacientes e determinados.

“Frequento muito bazar porque sempre dá para encontrar ofertas que valem a pena”, conta a representante de vendas Roberta Bassalo, 30, segurando uma sacola grande cheia de peças compradas em um bazar da marca Lucy in the Sky, no bairro do Bosque da Saúde, zona sul de São Paulo, encerrado no último dia 12. “O total da minha compra de sete peças foi menor que o preço original de uma das saias que estou levando. E era uma saia que eu estava de olho desde o começo da coleção...”

  • Renata Emmer/UOL

    Biquínis no Q! Bazar; peça também é usada por frequentadoras de bazar sob a roupa, para provar modelos em público, já que muitos bazares não têm provador

A jornalista Ana Luiza Ponciano, 27, também já frequentou muitos bazares, sempre procurando uma boa pechincha. “Uma vez comprei um sapato [do estilista] Jum Nakao por R$ 20!”, lembra Ana Luiza. O preço reduzido é a característica que mais atrai compradores para bazares, mas também há quem frequente este tipo de venda por outros motivos. “Além de conseguir encontrar roupas legais a preços mais justos, também acho que bazar é uma ótima oportunidade para testar novas marcas sem ter de pagar o preço original que, muitas vezes, pode ser bem mais caro”, explica a estudante Marjorie Aiko, de 21 anos.

A venda em bazar não é apenas vantajosa para os consumidores. “As lojas também saem ganhando porque conseguem vender o estoque da última coleção”, explica Tito Passos, diretor-geral da Big Eventos e idealizador do Q! Bazar, evento que reúne 70 marcas no Jockey Club de São Paulo e onde é possível encontrar, até 23 de dezembro, peças com descontos que variam de 30% a 90%. Entre os achados da reportagem do UOL no Q! Bazar estão camisas da marca Sergio K de R$ 290 por R$ 98; vestidos da Carina Duek de R$ 1.290 por R$ 120 e sapatos assinados pela estilista de R$ 545 por R$ 70. “A maior vantagem para o consumidor é conseguir completar o guarda-roupa gastando, em média, 70% a menos do que gastaria em lojas normais”, diz Passos.

Além de conseguir encontrar roupas legais a preços mais justos, também acho que bazar é uma ótima oportunidade para testar novas marcas sem ter de pagar o preço original que, muitas vezes, pode ser bem mais caro

Marjorie Aiko, 21, estudante

Entre as principais desvantagens de fazer compras neste esquema está o fato de que a maioria dos bazares não disponibiliza provadores para que os clientes possam experimentar a roupa -- o que, muitas vezes, faz toda a diferença e pode até mesmo desmotivar uma compra. Para driblar esse tipo de inconveniência, algumas frequentadoras assíduas de bazar, como Tatiana Halley, 25, dão a dica. "Vou com biquíni por baixo da minha roupa porque aí fica mais fácil de colocar e tirar as peças”, indica ela. Para as mais tímidas, Tatiana aconselha usar uma legging justa, para poder provar as roupas por cima.

A representante de vendas Roberta Bassalo, porém, não se preocupa em provar antes de comprar. “Não me importo se não encontrar peças no meu tamanho. Se eu acho algo que vale a pena, mas em um tamanho maior, eu compro e depois mando ajustar no meu costureiro que é uma espécie de guru para mim.”

Já Ana Luiza alerta: “Para se dar bem em bazar é necessário chegar cedo, não ter preguiça de garimpar e não comprar nada em tamanho menor achando que um dia vai servir -- loucura que eu já fiz em compras neste esquema.”


Q! Bazar (multimarcas, com grifes como Carlos Miele, MOB, Fórum, Carina Duek, TNG)
Onde:
rua Doutor José Augusto de Queiroz (entrada pelo portão 1 – Eucaliptos), São Paulo - SP. Tel.: 0/xx/11 3816-2525
Quando: até 23/12, diariamente (incluindo domingo e feriados), das 12h às 22h
Quanto: R$ 10 (menores de 12 anos e maiores de 65 não pagam)

Veja outros bazares que estão ocorrendo pelo Brasil:

Griffe Show (bazar multimarcas, com grifes como Dolce & Gabbana, Iódice, M. Officer, Zara)
Onde: r. Santa Catarina, 333, Centro, Belo Horizonte
Quando: até 27/11. De segunda a sexta e feriado, das 12h às  22h; sábados e domingos, das 11h às 20h
Quanto: R$ 6 ou R$ 3 (meia entrada)

Bazar do Lino Villaventura
Onde: São Paulo - r. Bela Cintra, 1938, Jardins. Tel.: 0/xx/11 3083-5937. Fortaleza: av. Senador Virgílio Távora 304, lj 316, Meirelles. Tel.: 0/xx/85 3261-2620
Quando: até 15/12

Bazar da Lenny (peças de coleções passadas)
Onde: r. Sarandi, 98, 3° andar, Jardins, São Paulo
Quando: até 3/12. De segunda a sexta, das 10h às 19h e aos sábados, das 10h às 18h

Bazar da Camila do Rio (com peças de Juliana Jabour e Renata Di Biase)
Onde: r. São Bráulio, 260, Morumbi, São Paulo. Tel.: 0/xx/11 2385-6687
Quando: de 23 a 26/11, das 12h30 às 19h30

Bazar Opera Rock
Onde: r. Engenheiro Mesquita Sampaio, 518, Chácara Santo Antonio, São Paulo. Tel.: 0/xx/11 5181-0469
Quando: até 27/11. De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados e domingos, das 10h às 18h

Bazar da King 55 (camisetas e jeans)
Onde: r. Dr.Virgílio de Carvalho Pinto, 190, Pinheiros, São Paulo. Tel.: 0/xx/11 3083-1151
Quando: até 20/12


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