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Volume de vendas de imóveis deve ser 5% superior a 2009, afirma Secovi SP

Vendas para 2010 continuam estimadas em 37 mil a 38 mil unidades; lançamentos também devem crescer e há probabilidade de se fechar o ano com alta de 10% - Adriano Vizoni/Folha Imagem
Vendas para 2010 continuam estimadas em 37 mil a 38 mil unidades; lançamentos também devem crescer e há probabilidade de se fechar o ano com alta de 10% Imagem: Adriano Vizoni/Folha Imagem

Da Redação

18/05/2010 13h05

O mercado voltado para imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo encerrou o primeiro trimestre de 2010 com a comercialização de 8.461 unidades, segundo pesquisa divulgada pelo Secovi SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo).

As vendas acumuladas no período de janeiro a março deste ano, de acordo com a informações da entidade, foram 0,2% inferiores às do primeiro trimestre de 2008. Considerando os três primeiros meses de 2009, houve crescimento de 75,1%, porque a base de comparação está relacionada ao período de crise.

O Secovi SP apresentou ainda dados sobre o desempenho de comercialização médio no período, medido pelo indicador VSO (Vendas sobre Oferta), que foi de 20,2% no primeiro trimestre. O VSO, expresso em porcentagem, indica a relação entre o número de unidades vendidas e a oferta no mês. O índice foi superior à média mensal de 13,9% do período de janeiro a março de 2008, e aos 8% percebidos nos primeiros três meses do ano passado. Porém, inferior ao desempenho médio observado entre outubro e dezembro, com VSO de 22,1%.

Dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) apontaram no mesmo relatório que o total lançado na cidade de São Paulo foi de 6.193 unidades, 11,8% inferior aos primeiros três meses de 2008, com 7.025 unidades produzidas, apontando um crescimento em relação ao mesmo período de 2009, com 3.154 unidades.

Em linhas gerais, a pesquisa mostrou que o movimento de lançamentos foi similar ao de vendas, porém, em menor escala. A retomada do mercado ocorreu a partir de agosto do ano passado, com ápice em dezembro, quando se ofertou um total de 6.575 unidades (20,8% do volume lançado em 2009). O fenômeno da sazonalidade teve maior intensidade nos lançamentos, com 590 unidades em janeiro, 1.644 em fevereiro e 3.959 em março. Do total lançado nos três primeiros meses do ano, cerca de 44% (2.726 unidades) foi do segmento de dois dormitórios. O nicho de três quartos participou com 37,2% (2.305 unidades) das moradias lançadas entre janeiro e março.

O volume de vendas para 2010 continua estimado em 37 mil a 38 mil unidades, 5% superior a 2009. Os lançamentos também tendem a crescer, segundo dados da pesquisa, e há probabilidade de se fechar o ano com alta de 10%, ou seja, volume próximo de 35 mil moradias.

Região Metropolitana de São Paulo

O Secovi SP apresentou ainda pesquisa direcionada à região metropolitana de São Paulo, composta pela capital e mais 38 municípios. Os índices demonstram a evolução dos lançamentos residenciais. Em 2000, as 38 cidades representavam 21,9% do total de unidades lançadas na região. Em 2009, essa participação subiu para 49%.

A comercialização de imóveis na região foi de 16.797 unidades , 50,4% apenas na cidade de São Paulo. Foram vendidas 3.753 unidades em janeiro, 5.459 em fevereiro e 7.585 em março. Do total escoado na região, o segmento de dois dormitórios contribuiu com 43,6% (7.327 unidades) e o de três dormitórios respondeu por 38,9% (6.526 moradias).

As unidades dois-dormitórios obtiveram participação de 43,6% na região metropolitana, enquanto na cidade de São Paulo, o segmento representou 35,4% do volume total comercializado.