Topo

Mara Mac faz desfile para "carioca ver" com socialites, globais, mar e Bia Lessa

Coleção para o Verão 2009 de Mara Mac ganhou em tecidos como organza, voil de algodão e seda - Alexandre Schneider/UOL
Coleção para o Verão 2009 de Mara Mac ganhou em tecidos como organza, voil de algodão e seda
Imagem: Alexandre Schneider/UOL

CAROLINA VASONE<br>Enviada especial ao Rio de Janeiro

09/06/2008 19h09

O desfile atrasou cerca de uma hora, o dobro do já convencional em semanas de moda do Brasil e do mundo. Famosa no Rio de Janeiro, a Mara Mac repetia o mesmo comportamento dos grandes desfiles, guardadas as proporções de quem tem a importância limitada pelas fronteiras do Estado. Na primeira fila, muitas famosas e socialites. Cariocas, claro. As atrizes Maria Flor e Lilia Cabral, as socialites Gisela Amaral e Ana Maria Tornaghi e a cantora Fernanda Abreu eram algumas delas.

Com superprodução dirigida por Bia Lessa, a marca se inspirou no mar para criar a coleção do Verão 2008/09. As formas que seriam "orgânicas", segundo a grife, foram traduzidas em vestidos superbalonês, como grandes águas-marinhas estufadas. O decote nadador se repetiu à exaustão nos vestidos. Leggings brilhantes com textura de escama de peixe e de neoprene acompanhavam os tops, também com o mesmo decote. Mas esta foi a primeira parte do desfile, em que o roxo e o lavanda forte reinaram na cartela de cores.

A partir de então, cada fase da apresentação teria um momento de transição, organizado por Bia Lessa. Quatro garotas apareciam, vestidas iguais, como cardumes (eram as mesmas do desfile da Totem, também dirigido por ela). O público já havia percebido a brincadeira, mas as garotas reiteraram a idéia com movimentos nas mãos de nadadeiras, o que fez com que a bonita cena perdesse um pouco o encanto, adquirindo um certo constrangimento. Lilia Cabral, porém, discordaria; olhava encantada a apresentação.

Com toque esportivo nos decotes, materiais e detalhes como franzidos de puxadores, a coleção ganhava nos tecidos de qualidade (organza, voil de algodão e seda) e perdia nas estampas, que não resultaram numa imagem sofisticada. A busca por um resultado de roupa "cool" e "moderna", dentro de um espírito sofisticado e com certa descontração, os dois últimos típicos da boa moda carioca, também acabou não sendo alcançado (ao apostar no balonê, modelagem já muito utilizada em outras temporadas, na repetição de idéias e na estamparia exagerada).