Análise: Sta. Ephigênia brinca de alta-costura mas não apresenta coleção madura
Para criar a coleção da marca Sta. Ephigênia, os estilistas Luciano Canale e Marco Maia buscaram inspiração na alta costura, com referências a Chanel, Balenciaga e Givenchi, entre outros criadores.
Assim, os drapeados, pregas e volumes que caracterizam essa maneira artesanal e meticulosa de fazer moda, bem como as cores clássicas utilizadas, como branco, preto, vermelho, rosa vivo e cor da pele, marcaram a coleção.
Chanel e sua panóplia (conjunto de signos que traduzem o espírito de uma marca) foram relembrados pela aplicação de camélias num vestido e num casaquinho, e na releitura da blusa branca debruada em paetês pretos do clássico teilleur criado pela estilista francesa.
Uma blusa preta com pregas nas costas que relembrava um volume de Balenciaga foi apresentado inusitadamente com um short preto curto.
Essas releituras trabalhadas a partir de formas da alta costura, no entanto, pareceram mais uma brincadeira do que um trabalho maduro de criação.
As referências foram diluídas em formas e estruturas simplificadas, sem que a coleção trouxesse nenhuma reflexão relevante sobre a alta costura nem uma proposta contemporânea a partir dessas formas canônicas da moda. Leia também|Balanço do segundo dia de desfiles no Fashion Rio|http://moda.uol.com.br/ultnot/2005/06/16/ult2976u23.jhtm
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