Embaixadora Sahle-Work Zewde torna-se a 1ª mulher presidente da Etiópia
A embaixadora Sahle-Work Zewde fez história nesta quinta-feira ao ser eleita presidente da Etiópia e se transformar na primeira mulher a ocupar a chefia de Estado nesse país, e a única atualmente nessa posição em toda a África.
Sahle-Work foi eleita em uma sessão conjunta das duas câmaras do Parlamento, após a renúncia de seu antecessor, Mulatu Teshome -- que ocupou a presidência desde 2013, que na Etiópia tem um alto valor representativo, mas não implica poderes executivos.
Veja também
- Policial, heroína e agora deputada de um Brasil que teme por sua segurança
- Candidata a presidente cria o Partido Sexual do Quênia: "Estilo diferente"
- Participação feminina na Câmara segue abaixo da média latino-americana
"Precisamos nos tornar uma sociedade que rejeita a opressão das mulheres", disse Sahle-Work, diante do Parlamento, pouco depois de fazer o juramento do cargo.
A nomeação de Sahle-Work Zewde, até então representante especial do secretário-geral da ONU, António Guterres, perante a União Africana (UA), aconteceu dias depois que o primeiro-ministro etíope, o reformista Abiy Ahmed, ter aprovado uma histórica reforma em seu gabinete, onde agora a metade dos seus membros são mulheres.
"É um movimento histórico a eleição da embaixadora Sahle-Work Zewde como nova presidente da Etiópia, trazendo consigo as habilidades e a experiência certa", disse o chefe do gabinete do primeiro-ministro etíope, Fitsum Arega, na sua conta do Twitter.
Mulatu, que devia permanecer no cargo até 2019, deixou hoje o posto sem especificar os motivos, embora a opinião geral no país aponta que este movimento visa procurar garantir uma composição étnica mais harmônica entre os altos cargos da política etíope.
O atual primeiro-ministro, Abiy Ahmed, pertence à etnia Oromo, da mesma forma que Mulatu e o ministro das Relações Exteriores, Workneh Gebeyehu, enquanto que a nova presidente é da etnia Amhara.
Sahle-Work Zewde foi diretora-geral da ONU em seus escritórios em Nairóbi até assumir a função de representante especial do secretário Geral das Nações Unidas para a UA.
Quando Abiy visitou o Quênia, em maio, pouco mais de um mês de assumir o cargo, se reuniu com Sahle-Work, em Nairóbi, onde também visitou o escritório da ONU que ela dirigia.
A diplomata teria renunciado suas funções na ONU no início desta semana, com o objetivo de preparar o caminho para sua eleição como presidente da Etiópia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.