Topo

Liberação para entrada de mulheres em templo na Índia gera protestos

Mulheres caminham descalças entre os ratos do templo de Karni Mata, na Índia - iStock/Getty Images
Mulheres caminham descalças entre os ratos do templo de Karni Mata, na Índia Imagem: iStock/Getty Images

Da EFE, em Nova Dhéli

11/10/2018 14h18

Um protesto contra a decisão do Supremo Tribunal da Índia de liberar a entrada de mulheres em um famoso templo no sul do país provocou um protesto de nacionalistas hindus e um enfrentamento com a Polícia nesta quinta-feira.

O Bharatiya Janata Yuva Morcha (BJYM), a ala jovem do partido do governo, o BJP, liderou a manifestação de hoje na cidade de Thiruvananthapuram, capital do estado de Kerala.

Veja também

"Uma marcha organizada pelo Morcha, a ala jovem do BJP, queria ir rumo à residência oficial de um ministro. Os manifestantes começaram a lançar pedras nos polícias. Tivemos que fazer uso da força", afirmou à Agência Efe o inspetor adjunto da Polícia P. Prakash.

Durante a ação, os manifestantes tentando derrubar as barreiras instaladas pela Polícia e os agentes utilizaram canhões d'água para dispersar à multidão.

Os jovens do partido do primeiro-ministro, Narendra Modi, foram às ruas para protestar contra uma recente sentença do Supremo Tribunal que suspende a proibição para a entrada de mulheres de 10 a 50 anos em um importante templo hindu. Conforme a tradição, o acesso de uma mulher ao templo durante o período menstrual contaminaria o local sagrado.

O fim do veto determinado pelo principal órgão da Justiça indiana foi recebido com protestos por organizações religiosas e partidos políticos na semana passada, embora, segundo a Polícia, todas tenham acontecido de forma pacífica.

Um porta-voz do BJYM, S. Santhosh, afirmou à Efe que hoje aconteceu um protesto "generalizado" em vários pontos de Kerala contra a decisão do governo local de não recorrer da decisão do Tribunal. Segundo ele, a Polícia bloqueou estradas e expulsou os manifestantes de maneira indiscriminada.

"Os que apresentaram o pedido ao Tribunal Supremo querem destruir as tradições e a cultura do povo. Não vamos permitir", disse ele.