México investiga caso de deputadas forçadas a renunciar em favor de homens

O Instituto Nacional Eleitoral do México (INE) informou nesta segunda-feira que enviará cinco conselheiros ao sudeste do estado de Chiapas para investigar o caso de 36 deputadas da região que foram obrigadas por seus partidos políticos a renunciar para serem substituídas por homens.
A conselheira Adriana Favela disse durante uma reunião do departamento de igualdade de gênero do INE que a viagem servirá para avaliar que solução a autoridade eleitoral de Chiapas precisa tomar.
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Na última sexta-feira, o INE condenou energicamente os atos de violência política contra as mulheres no estado de Chiapas.
Foram acusados de promover a prática o Partido Revolucionário Institucional (PRI), o Partido Verde Ecologista de México, a Nova Aliança, o Chiapas Unido e o Podemos Movimento Chiapas.
De acordo com o INE, esses partidos forçaram uma série de renúncias de suas candidatas eleitas nos pleitos locais do último dia 1º de julho para que os postos sejam ocupados por homens.
O caso ficou conhecido como as "Manuelitas" em referência ao nome do governador de Chiapas, Manuel Velasco, que minimizou as denúncias das mulheres.
Depois da pressão de órgãos eleitorais, atores políticos e organizações sociais, algumas mulheres decidiram ocupar os cargos obtidos nas urnas, contrariando as ordens dos partidos.
O fenômeno não é novo no país. Desde 2006, quando o México passou a adotar cotas de gênero nas listas eleitorais, alguns partidos estão fazendo com que mulheres renunciem aos cargos depois do pleito para favorecer homens.
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