Um dos países mais restritivos, Irlanda fará referendo sobre aborto em maio
O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, anunciou nesta segunda-feira a realização de um referendo sobre os casos nos quais o aborto poderá ser autorizado no país, que atualmente só permite a interrupção da gravidez quando há risco para a vida da mãe.
Após quatro horas de debate, o Conselho de Ministros da Irlanda aprovou a realização do referendo, que pode mudar uma lei aprovada em 1983 e que é uma das mais restritivas da Europa.
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Varadkar fez o anúncio durante uma entrevista coletiva em Dublin. Segundo o primeiro-ministro, a data do referendo será marcada após o fim dos debates sobre a convocação no parlamento do país.
"O gabinete deu a aprovação formal para celebramos um referendo sobre o aborto, que acontecerá no fim de maio", disse.
A atual lei proíbe a interrupção da gravidez em casos de estupro, de incesto e de anomalias do feto. Dessa forma, os irlandeses poderão decidir se querem revogar a oitava emenda da Constituição, que garante o mesmo direito à vida para a mãe e para o bebê.
Desde 2013, uma nova regra permite a interrupção da gravidez quando a vida da mãe corre perigo.
Varadkar disse que a atual legislação é muito restritiva. "Qualquer emenda à nossa Constituição requer uma consideração cuidadosa por parte dos cidadãos. Eles devem ter um amplo período de tempo para avaliar esses assuntos e participarem de um debate público que seja bem informado", disse o primeiro-ministro.
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