Repleta de história, Abadia de Westminster será o cenário do casamento real

Redação Central, 25 abr (EFE).- No dia 29 de abril, a Abadia de Westminster, um lugar carregado de história e muito ligado à família real britânica, será o cenário do casamento do príncipe William e Kate Middleton.
Com mais de mil anos de história, a abadia londrina abrigou a coroação de reis desde que no Natal de 1066 subiu ao trono William I, o Conquistador.
A última coroação ocorrida em Westminster foi a de Elizabeth II, em 2 de junho de 1953, em cerimônia que foi transmitida pela televisão e possibilitou que milhões de pessoas no mundo todo conhecessem a beleza do templo.
Seu nome formal é Igreja Colegiata de São Pedro e, ao contrário da maioria dos templos britânicos, tem o monarca como seu responsável. Situada em frente ao parlamento britânico, às margens do rio Tâmisa, é o edifício gótico mais importante do país, e sua construção adota o modelo francês, inspirada na catedral de Reims, local de coroação dos reis da França. No entanto, também foram introduzidos elementos da tradição anglo-normanda, como a Cadeira da Coroação, construída em 1301.
Sua única nave é a maior da Inglaterra, e seu piso, construído no século XIII, é decorado com cosmatescos, que foram tampados com tapetes durante 150 anos e mostrados ao público pela primeira vez em maio de 2010, após um longo e exaustivo trabalho de restauração.
Os principais reis que contribuíram para engrandecer e embelezar o templo foram Edgar (no século X), Henrique III (século XIII), Henrique VII (século XVI) e George II (século XVIII).
Os muros da Abadia de Westminster acolheram também funerais reais, entre eles o de Diana, a mãe do príncipe William, em 1997, e o da rainha mãe, em 9 de abril de 2002. Também foram enterrados 17 monarcas e personalidades de destaque da história nacional, como Isaac Newton, Charles Dickens e Charles Darwin.
A Abadia de Westminster não foi um lugar comum de realização de casamentos reais até o século XX. Foi a princesa Patricia, neta da rainha Vitória, com seu casamento em 1919, quem começou esta tendência, que se manteve desde então.
Seguiram seus passos a princesa Mary, filha do George V, que se casou em 1922, e seu irmão Albert, o duque de York, que um ano depois se casou com Elizabeth Bowes-Lyon.
Estes últimos, pais da rainha Elizabeth II e da princesa Margaret, se transformaram em reis após a abdicação de Eduardo VIII, em dezembro de 1936.
Este foi também o lugar eleito pela então princesa Elizabeth para contrair matrimônio com Philip de Edimburgo, em 20 de novembro de 1947, em cerimônia marcada pela austeridade do pós-guerra.
Sua irmã, a princesa Margaret, também optou por este templo para se casar com Anthony Armstrong-Jones em 1960, da mesma forma que a princesa Anne da Inglaterra, única filha de Elizabeth II, que em 1973 casou-se com Mark Phillips.
O último casamento de um membro da família real britânica realizado até agora foi o do príncipe Andrew, duque de York, que em julho de 1986 se uniu a Sarah Ferguson.
O príncipe Charles, herdeiro de Elizabeth II, elegeu a catedral de Saint Paul para contrair matrimônio com Diana Spencer, em 1981. Mas agora seu primogênito, o príncipe William, retomou a tradição e elegeu a Abadia de Westminster para celebrar seu casamento com Kate Middleton.
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