Gucci monopoliza atenção no 1º dia da Semana da Moda de Milão
A marca italiana Gucci concentrou as atenções no primeiro dia da Semana da Moda de Milão, com uma coleção primavera-verão 2011 com propostas sedutoras e muito sofisticadas, mas com tecidos e cores que eliminam as fronteiras sazonais.
Modelos desfilam looks de verão 2011 da Gucci na Semana de Moda de Milão (22/09/2010)
A Fashion Week de Milão terá um calendário mais equilibrado que a edição anterior, que ficou marcada pelo episódio que gerou piadas e manifestações nacionalistas quando a guru da moda e diretora da Vogue americana, Anna Wintour, "sugeriu" aos principais estilistas que os grandes desfiles se concentrassem no final de semana.
Grandes nomes como Dolce & Gabanna, Gucci, Versace, Max Mara, Roberto Cavalli e Giorgio Armani se dividirão, desta vez, nos sete dias de certame, que vai até o dia 28, obrigando Wintour a comparecer a partir de hoje.
O primeiro a brilhar nas passarelas milanesas foi Gucci, com uma particular fusão que aponta um verão carregado de peles e tecidos animais, menos leve e mais selvagem.
Desfilaram botas transformadas em sandálias e vice-versa; sapatos "peep toe" que se prolongam até o joelho combinados com vestidos de pele justos; caçadoras de couro com calças de cintura alta; tons de outono como o camel para o dia e preto para a noite.
Decotes ousados, saltos dourados e vestidos tubinho com combinações insólitas, como o verde esmeralda com turquesa, e o azul orquídea com laranja "curry" também compuseram o glamour.
Mix de cores fortes, como no look laranja e roxo desfilado por Raquel Zimmermann, marcaram a apresentação da Gucci (22/09/2010)
Mas não parou por aí, minivestidos feitos a base de plumas, com certo ar tribal, e bolsas de bambu, despertarão uma mulher exótica e provocadora.
Assim entende Gucci, esta mistura do urbano e do selvagem que marca a tendência do próximo verão e que se concretizou também na trilha sonora do desfile, que foi acompanhada por tambores étnicos e obras de Johannes Brahms.
Segundo Frida Giannini, diretora de criação da grife, a nova coleção pretende recuperar "uma elegância muito sofisticada, sexy e sensual".
"Pensei nas mulheres ícones dos anos 70, que são minha referência estilística, e também na lembrança de uma viagem que fiz a Marrocos", explicou a designer.
Embora Gucci tenha sido o destaque do dia, as outras propostas não decepcionaram, com as coleções de Roccobarocco, Alberta Ferretti e John Richmond.
A marca napolitana se destacou por suas cores vibrantes e a combinação de camisas de tecido animal com calças justas.
Ferretti seduziu com toques juvenis e peças leves e delicadas, feitas de gaze e seda, com vestidos superlargos, camisas de linho e os tradicionais cardigans.
Richmond, por outro lado, viajou para uma feminilidade mais hippie, com vestidos curtos desbotados, calças boca de sino, bolsas gigantes e blusas chifón.
Amanhã desfilarão D&G, Prada, Fendi e Lorenzo Riva, entre outros.
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