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Moda brasileira chega cada vez mais longe, diz estudo

11/06/2008 11h00

A moda brasileira chega cada vez mais longe e atrai um número maior de investidores estrangeiros, indica um estudo divulgado na terça-feira (10), o qual afirma que as exportações do setor aumentaram 5% por ano entre 2002 e 2007.

Segundo o estudo, apresentado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), os mercados que mais se abriram para receber produtos da moda do Brasil foram os de maior afinidade com o país, ou seja, do Cone Sul, da Península Ibérica e de Angola.

Outros mercados relevantes no setor, como da Itália e do Japão, também receberam mais artigos brasileiros.

A Apex apresentou os resultados de sua pesquisa durante o primeiro dia da Fashion Business, uma rodada de negócios paralela ao Fashion Rio, da qual participarão empresários do setor de 20 países.

Os dois estados que mais exportam são São Paulo e Santa Catarina, com 37% e 36% do total em 2007, respectivamente, segundo o estudo.

Já no setor de calçados, a pesquisa mostra que o Brasil ganhou participação em 13 dos 20 maiores importadores de calçados do mundo, entre eles Reino Unido, Estados Unidos e Espanha.

Apesar de a média de aumento das exportações brasileiras de calçados ter sido de 6% ao ano entre 2002 e 2007, a participação no mercado mundial caiu 0,5%, porque as exportações de todo o mundo cresceram mais rápido que as do Brasil.

O estado que mais vendeu ao exterior entre 2005 e 2007 foi Rio Grande do Sul, cujo total representou 64% dos produtos de moda exportados pelo Brasil, seguido do Ceará, com 46%.

As exportações de outro dos setores envolvidos com moda, o de jóias e bijuteria, se mantiveram fixas entre 2005 e 2007.

Apesar desta estabilidade, destacam-se as exportações aos Estados Unidos, que cresceram 20% ao ano, e a outros países, como Alemanha, Hong Kong e Israel.

Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo dividem a liderança nas exportações de jóias e bijuterias.

O último dos setores analisados pelo estudo da Apex é o dos produtos de higiene pessoal e cosmética, que cresceu 0,27% entre 2002 e 2007.

Provém do Brasil 59% dos produtos cosméticos importados pela Argentina e 19% dos importados pela Venezuela.

A Fashion Bussines contará nesta edição com compradores de Japão, Austrália, Costa Rica, Grécia, Espanha, Alemanha, Portugal, Rússia, EUA, Mônaco, México, República Dominicana, Itália, Reino Unido, Filipinas, Peru, França, Colômbia, Uruguai e Venezuela.

A expectativa dos organizadores é de aumentar em 5% as vendas em relação à edição passada, contando com 90 expositores de todo o país.

A previsão, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), é de que as vendas no mercado interno passem de R$ 418 milhões no ano passado para R$ 435 milhões em 2008.

Quanto às exportações, a previsão é de que também superem as da edição de junho do ano passado (US$ 13,2 milhões), que já tinham sido superiores às de 2006 (US$ 12 milhões).

Segundo a ABIT, a indústria brasileira de produção de têxteis e confecções é atualmente a sexta maior do mundo.