Sangue azul já importa menos em casamentos reais

Após o casamento real, o príncipe William e Kate Middleton se juntarão ao mais novo grupo de casais formado por príncipes e princesas europeus que escolheram plebeus e plebeias como companheiros. Os casamentos reais em que o sangue azul não é um pré-requisito tem sido uma tendência da nova geração da monarquia europeia e tem precedentes mais antigos em países como a Suécia e o principado de Mônaco.
Ao contrário da mãe de seu noivo, Lady Diana Spencer, Kate Middleton não é aristocrata. Lady Di, que acabou sendo conhecido como "princesa do povo" por sua proximidade com os súditos e pelas constantes quebras de protocolo, era filha de um visconde e descendente de um barão britânico.
Já a noiva de William é filha de uma família de classe média, fruto do casamento de uma aeromoça e um comissário de bordo, que possuem uma empresa de organização de festas. Mesmo assim, ela frequentou colégios privados e estudou na mesma universidade que o príncipe, onde o casal se conheceu. Apesar da origem mais humilde, o longo relacionamento pode ter preparado melhor a futura princesa para os deveres da monarquia, que foram alvos frequentes de reclamações por parte de Lady Di.
Uniões polêmicas
Estocolmo celebrou a união entre a princesa Victoria e seu ex-professor de ginástica, Daniel Westling em junho de 2010
Em outros países europeus, muitos relacionamento de príncipes e princesas com pessoas sem origem nobre causaram controvérsia antes de serem acolhidos pela população.
Na Suécia, o namoro de sete anos da princesa Victoria, herdeira do trono, com seu personal trainer, Daniel Westling, foi alvo de críticas por parte da imprensa. Mas o casamento, ocorrido em junho de 2010, foi prestigiada pelas famílias reais europeias. A mãe da princesa, rainha Sílvia, também não tem origem nobre. Seu pai era um empresário alemão e sua mãe era brasileira. A futura rainha conheceu o então príncipe herdeiro da Suécia, Carl Gustaf, quando trabalhava nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
Na Noruega, o casamento da plebeia Mette-Marit com o príncipe herdeiro Hakkon também causou polêmica. Filha de um jornalista e de uma dona de casa, Mette-Marit chegou a trabalhar em um café, frequentava festas de música eletrônica e teve um filho com um homem condenado por posse de drogas. Hoje, no entanto, ela é querida pelos súditos noruegueses.
Já o casamento da economista argentina Máxima Zorreguieta com o príncipe holandês Willem-Alexander chegou a provocar críticas pelo passado da família da noiva. Seu pai, Jorge Horacio Zorreguieta, foi ministro da Agricultura durante a ditadura militar argentina. Para evitar um mal estar, os pais de Máxima foram convencidos por diplomatas holandeses a não ir à cerimônia de casamento, em 2002.
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