Topo

Seu Jorge ironiza 'pequena burguesia' em desfile em Nova York

Camila Viegas-Lee<BR><br/> De Nova York para a BBC Brasil

11/09/2008 07h03

O desfile do estilista brasileiro Carlos Miele na Semana da Moda de Nova York, na quarta-feira, contou com a participação ao vivo do cantor Seu Jorge, que ironizou a "pequena burguesia".

Durante 12 minutos, o músico cantou na passarela o samba Burguesinha, composto por ele, Gabriel Moura e Pretinho da Serrinha, e tentou atrair a atenção das modelos para a letra da música.

Enquanto cantava os versos "vai no cabelereiro, no esteticista, malha o dia inteiro, pinta de artista", Seu Jorge tentava interagir com as manequins, olhando para elas e erguendo os braços pedindo atenção. Elas respondiam com olhar fixado no infinito.

Por sua vez, a maior parte da platéia, composta por críticos de moda europeus e americanos que não falam português, se deliciava com a irreverência do cantor e o ritmo do samba.

Escolha ousada
Depois da apresentação, cantor disse que foram os 12 minutos "em que mais sofreu pressão na vida."

"Estou acostumado a cantar duas horas e meia, três horas de show. É diferente para mim. Eu vim até aqui para cantar 12 minutos. Foi a maior pressão de 12 minutos que já tive em toda a minha vida. Mas foi muito bom."

As peças de Miele foram inspiradas no trabalho do paisagista Roberto Burle Marx e no jardim de sua casa em Florianópolis.

"Não há nada mais luxuoso que a natureza", disse o estilista nos bastidores. "A coleção retrata as sombras, as cores e as formas curvilíneas da Mata Atlântica".



\nDe Nova York para a BBC Brasil","publicationDate":"20080911070300"},"click":{"mediaName":"Notícia","source":"https://www.uol.com.br/universa/noticias/bbc/2008/09/11/seu-jorge-ironiza-pequena-burguesia-em-desfile-em-nova-york.htm"}},"isNoSpace":false}' cp-area='{"xs-sm":"230px","md-lg":"128px"}' config-name="universa/universa">