Oferta da InBev por cervejaria fere orgulho dos EUA, dizem jornais
A oferta de compra da cervejaria Anheuser-Busch pela InBev, formalizada nos últimos dias, deve provocar uma reação nacionalista nos Estados Unidos, segundo diferentes artigos publicados pela imprensa internacional nesta sexta-feira.
Em artigo intitulado "Para alguns, não é só cerveja", o jornal International Herald Tribune afirma que a oferta "não-solicitada" deverá provocar um debate nos Estados Unidos, "cheio de fervor patriótico sobre uma companhia entranhada na consciência americana".
A aquisição transformaria a nova empresa na maior cervejaria do mundo, combinando marcas como a Budweiser, Stella Artois, Beck's, Bass e a brasileira Brahma. Mas a cervejaria americana, que há 148 anos é controlada pelas famílias Busch e Anheuser, já avisou que vai lutar contra a compra.
O principal problema seria o fato de a Anheuser-Busch se associar a símbolos americanos, sendo a maior anunciante do Super Bowl, o campeonato nacional de futebol americano, e tendo como público alvo o americano médio.
Diretoria brasileira
Nos Estados Unidos, o jornal Washington Post pergunta se o rei das cervejas (slogan da Budweiser) estaria "se curvando ao trono belga", em relação à Inbev, sediada na Bélgica.
"Eles podem comprar nossos títulos do tesouro. Eles podem reclamar a posse de nossos bancos e de nossos edifícios comerciais poderosos. Mas eles podem realmente tomar nossa Budweiser ou Michelob? Diz que não, Bud", diz o artigo no Washington Post assinado pelo jornalista Paul Farhi.
O jornal lembra o valor afetivo da Bud para os americanos, identificando-a como a primeira cerveja experimentada por um americano, e provavelmente a última.
"É a cerveja flutuando nos baldes de gelo nos churrascos do vizinho. É a que tomamos no bar, nas reuniões sindicais, nos jogos."
A revista britânica The Economist que chega às bancas nesta sexta-feira pergunta: "Poderia alguma coisa simbolizar a perda da supremacia econômica dos Estados Unidos mais claramente do que sua marca de cerveja favorita cair em mãos estrangeiras?".
A revista destaca que os rumores sobre a aquisição vêm circulando há algum tempo, inclusive provocando alta nas ações da cervejaria americana, e que o negócio é atraente para os dois lados.
"A família fundadora Busch hoje detém 4% da empresa, e há informações de que estaria dividida sobre a venda. A empresa Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, que detém 5% da cervejaria, deve tomar a decisão baseada apenas no preço." A revista também destaca que a aquisição deve aumentar o sentimento protecionista entre os americanos.
O jornal britânico Financial Times afirma que a diretoria brasileira da InBev deve assumir o controle da nova empresa, caso a fusão seja realizada. O FT destaca o papel do executivo Carlos Brito, da InBev, que dirige as operações da empresa nos Estados Unidos.
Em artigo intitulado "Para alguns, não é só cerveja", o jornal International Herald Tribune afirma que a oferta "não-solicitada" deverá provocar um debate nos Estados Unidos, "cheio de fervor patriótico sobre uma companhia entranhada na consciência americana".
A aquisição transformaria a nova empresa na maior cervejaria do mundo, combinando marcas como a Budweiser, Stella Artois, Beck's, Bass e a brasileira Brahma. Mas a cervejaria americana, que há 148 anos é controlada pelas famílias Busch e Anheuser, já avisou que vai lutar contra a compra.
O principal problema seria o fato de a Anheuser-Busch se associar a símbolos americanos, sendo a maior anunciante do Super Bowl, o campeonato nacional de futebol americano, e tendo como público alvo o americano médio.
Diretoria brasileira
Nos Estados Unidos, o jornal Washington Post pergunta se o rei das cervejas (slogan da Budweiser) estaria "se curvando ao trono belga", em relação à Inbev, sediada na Bélgica.
"Eles podem comprar nossos títulos do tesouro. Eles podem reclamar a posse de nossos bancos e de nossos edifícios comerciais poderosos. Mas eles podem realmente tomar nossa Budweiser ou Michelob? Diz que não, Bud", diz o artigo no Washington Post assinado pelo jornalista Paul Farhi.
O jornal lembra o valor afetivo da Bud para os americanos, identificando-a como a primeira cerveja experimentada por um americano, e provavelmente a última.
"É a cerveja flutuando nos baldes de gelo nos churrascos do vizinho. É a que tomamos no bar, nas reuniões sindicais, nos jogos."
A revista britânica The Economist que chega às bancas nesta sexta-feira pergunta: "Poderia alguma coisa simbolizar a perda da supremacia econômica dos Estados Unidos mais claramente do que sua marca de cerveja favorita cair em mãos estrangeiras?".
A revista destaca que os rumores sobre a aquisição vêm circulando há algum tempo, inclusive provocando alta nas ações da cervejaria americana, e que o negócio é atraente para os dois lados.
"A família fundadora Busch hoje detém 4% da empresa, e há informações de que estaria dividida sobre a venda. A empresa Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, que detém 5% da cervejaria, deve tomar a decisão baseada apenas no preço." A revista também destaca que a aquisição deve aumentar o sentimento protecionista entre os americanos.
O jornal britânico Financial Times afirma que a diretoria brasileira da InBev deve assumir o controle da nova empresa, caso a fusão seja realizada. O FT destaca o papel do executivo Carlos Brito, da InBev, que dirige as operações da empresa nos Estados Unidos.
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