Nos EUA, juiz é afastado do cargo por dar pena baixa a estuprador

O juiz Aaron Persky, criticado pela baixa pena que impôs a um ex-aluno da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, condenado por abuso sexual, foi afastado nesta quarta-feira (6) do cargo por eleitores do condado de Santa Mônica, na Califórnia.
Persky ocupou o cargo por 15 anos e essa é a primeira vez em oito décadas que um juiz é afastado no país.
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O juiz foi muito contestado pela forma com a qual conduziu o julgamento do ex-aluno Brock Turner, que assediou sexualmente, em 2015, uma jovem inconsciente no campus da universidade. O julgamento chamou a atenção do país devido aos fortes relatos da vítima.
Turner, que era do time de natação da instituição, foi considerado culpado por três crimes e pegou uma pena de seis meses de prisão. Pela lei, ele poderia ter sido condenado a 14 anos. A sentença foi duramente criticada por ativistas, que acharam ela muito baixa.
Na época, Persky afirmou que, se desse uma pena mais rígida ao ex-atleta, poderia "afetá-lo seriamente".
Para piorar a situação de Persky, o ex-aluno foi libertado após cumprir três meses da pena, fato que causou mais revolta e aumentou a pressão sobre o juiz, que foi acusado de "tomar partido" a favor de Turner.
Uma petição online para retirar Persky do cargo foi criada pela professora de direito de Stanford, Michelle Dauber, que ganhou milhares de apoiadores, inclusive de políticos e celebridades norte-americanas.
"Estamos vivendo um momento histórico, no qual mulheres de todos os setores da sociedade se levantam para dizer ?basta'", disse Dauber.
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