Cantora israelense vence Eurovision com música inspirada no #MeToo
Com uma música inspirada no movimento #MeToo - usado por mulheres vítimas de violência sexual -, Israel foi o grande vencedor da 63ª edição do famoso festival musical Eurovision, que aconteceu na noite deste sábado (12) em Lisboa, Portugal.
Com a canção "Toy", a cantora israelense Netta Barzilai, de 25 anos, aproveitou a competição para apresentar uma mensagem sobre a emancipação feminina e contra todas as formas de abuso.
"Obrigada por celebrar a diversidade. Eu amo o meu país", declarou a cantora ao vencer a competição. Segundo ela, a obra "é uma música de fortalecimento para todos", principalmente "para aqueles que lutam para ser eles mesmos", seja "com seus chefes, com o governo ou com alguém pisando neles".
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"Já me disseram tantas vezes que não sou bonita o suficiente, que não sou inteligente o suficiente, que não sou suficientemente magra para fazer o que quero fazer", ressaltou a israelense. Israel foi o país que obteve maior pontuação (529 pontos), atribuída pelos espectadores de cada país e pelos júris nacionais dos 43 países que participaram desta edição, embora apenas 26 canções tenham competido na final.
A participante do Reino Unido, SuRie, cujo desempenho foi interrompido por um invasor de palco, terminou em 24º lugar entre 26 países.
Durante sua apresentação, um homem com uma mochila nas costas correu e pegou o microfone das mãos da cantora. A organização autorizou SuRie a cantar novamente, mas ela se recusou. Esta não é a primeira vez que o vencedor do festival tenta "se encaixar" no mundo. Em 2014, a drag queen austríaca Conchita Wurst representou as minorias ao ganhar a competição. No ano passado, a edição do Eurovision foi vencida pela primeira vez com Salvador Sobral.
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